A divindade do Filho
Romanos 1.4a: “[...] e foi designado Filho de Deus”
Na semana passada, vimos a respeito da realeza do Filho de Deus, pois ele “[...] veio da descendência de Davi” (Rm 1.3c). Hoje, veremos como Paulo nos introduz à natureza divina do Filho. O apóstolo Paulo nos diz, no início do versículo 4 de Romanos 1, que Jesus “[...] foi designado Filho de Deus”. O que isso significa?
Em primeiro lugar, o termo “Filho de Deus” aplicado aqui à pessoa de Cristo deve ser compreendido num sentido muito peculiar, pois embora vejamos nas Escrituras Sagradas Adão sendo chamado de filho de Deus (Lc 3.38), ele e nenhum outro ser humano é filho no mesmo sentido que Jesus é.
Note que Jesus aparece nas Escrituras sempre como o Filho em letra maiúscula, indicando que Ele é o unigênito e o primogênito de Deus; e mais, pois indica também que Jesus possui uma unidade e igualdade de essência com o Deus Pai. O Pai e o Filho são um na essência e substância e compartilham dos atributos da divindade (João 10.30).
Em segundo lugar, essa essência divina do Filho bem como sua vocação messiânica e real é relacionada aqui com o termo “foi designado” que também pode ser entendido como “foi declarado” ou melhor ainda, que “foi demonstrado”. Em outras palavras, Paulo nos ensina que aconteceu algo que demonstrou a todos que aquele homem da descendência de Davi era também divino!
Em dado momento da História, houve um reconhecimento — através de alguns acontecimentos — de Sua divindade, pois aquele simples homem, filho de Maria e José, irmão de Tiago, José, Judas, Simão e de algumas irmãs, que havia nascido em Belém numa manjedoura simples e que crescera numa cidade humilde chamada Nazaré, e que trabalhou como carpinteiro — sim, aquele homem! — era mais que um judeu piedoso com linhagem real.
Jesus era, é e sempre será também o Filho de Deus; não apenas um entre muitos filhos, mas o Unigênito, o Primogênito e um em essência com o Pai. Se por um lado aquele homem era, de fato, o Rei prometido, como exclamou Natanael: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (João 1.49), por outro ele também é o nosso Deus, como confessou quebrantado o discípulo incrédulo Tomé diante de Jesus: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28).
Por fim, nós precisamos nos perguntar: que acontecimentos foram esses que revelaram ao povo a divindade de Cristo? É isso que veremos no texto da semana que vem, se Deus quiser. Até a próxima e que Deus te abençoe!
“Louvai, louvai Cristo, o bom Mestre divino!
Cantai, cantai, seu grande amor cantai;
Fiéis, cantai de coração, bem unidos.
Seu poder e glória louvai, louvai!”
(HNC nº 41: Louvor pela Graça Divina - F. J. Crosby - S. L. Ginsburg)
Fernando Razente
Amante de História, atuante com comunicação e mídia, leitor voraz e escritor de artigos de opinião e matérias jornalísticas.