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Indesculpáveis


Por: Fernando Razente
Data: 17/04/2023
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Romanos 1.20(f): “Tais homens são, por isso, indesculpáveis;”

Na semana passada vimos que os atributos invisíveis de Deus são perceptíveis pelo uso da razão natural ao observar a sua criação, que é um reflexo de seu Ser. Hoje, veremos as consequências que se seguem ao ato humano de negar a glória de Deus mesmo diante desse teatro majestoso que é a criação.

O apóstolo Paulo conclui o versículo 20 retomando o alvo principal de sua acusação: a humanidade. Primeiro, ele diz: “Tais homens”. Aqui Paulo se refere a todos os seres humanos que habitam neste mundo e que receberam a majestosa revelação dos atributos gloriosos de Deus na criação, mas que são, por natureza, impiedosos e perversos, que retém a verdade pela injustiça.

Paulo continua: tais homens e/ou tal humanidade perversa, são “por isso”, ou seja, por conta dessa revelação dos atributos divinos que é clara, antiga e universal na criação, “indesculpáveis”. O termo grego utilizado por Paulo para indesculpáveis é anapolog?tous, um adjetivo masculino que tem a mesma raiz da palavra apologética ou apologia, que em nossa língua significa “defesa”, “defender-se” ou “defender alguém”.

O adjetivo encontra-se na negação, significando literalmente que “tais homens” estão completamente “sem defesa” ou ainda que “são indefensáveis” diante de Deus. O cenário evocado aqui por Paulo é de um tribunal. Deus é o justo juiz dos céus. O homem é o réu, acusado de não dar a glória devida ao Criador. O homo reus (citando Amadeus Mozart) alegará que não conhecia a Deus ou que não sabia de Sua existência.

Contudo, Deus o lembrará que todos os dias, da manhã ao anoitecer, Ele se revelou claramente ao acusado, mediante as coisas que foram criadas. Neste momento, tal homem não encontrará argumento nenhum para se justificar e ficará calado diante da expectativa da sentença eterna.

O homem finalmente não poderá mais reter a verdade injustamente. Não poderá distorcer a realidade diante do Justo Juiz. Ele perderá todos os recursos retóricos e seus argumentos fraudulentos irão desaparecer diante da Verdade; e assim, o homem não arrependido será, com justiça, entregue para sofrer eternamente no inferno onde “(...) o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Cf. Mr 9.43-49).

Na semana que vem, se Deus permitir, daremos início à exposição do versículo 21.

Até a próxima. Que Deus te abenço


Fernando Razente

Amante de História, atuante com comunicação e mídia, leitor voraz e escritor de artigos de opinião e matérias jornalísticas.


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