O maior medo de muitas grávidas tem nome e sobrenome, Depressão Pós-Parto. Muitas mulheres quando entram nessa fase da vida ficam preocupadas com a possibilidade de ter o transtorno, embora muito se acredite que ele ainda seja raro e está mais relacionado com mulheres que já tiveram algum algum adoecimento emocional.

Na realidade o índice de Depressão Pós Parto é muito alto, 1 a cada 4 mulheres irá apresentar os sintomas. Ele pode atingir cerca de 20 % das mulheres, mas no Brasil o número pode ser ainda maior, alguns pesquisadores dizem que pode chegar a 38% das mulheres que vivenciam o puepério.

Os sintomas da Depressão Pós-Parto são os mesmos que uma depressão “comum”, humor deprimido na maior parte do dia, sentimentos de tristeza, vazio, desesperança, diminuição de interesse em quase todas as atividades, alteração do sono e alimentação, perda de energia. E como ele aparece durante esse ciclo grávidico, a mulher pode achar muito difícil ter que cuidar do bebê e das necessidades que ele exige. Como ela se torna mais introspectiva (fechada), ela não consegue conversar com esse bebê, as vezes amamentar pode ser difícil, pode apresentar um desinteresse para com ele, se considerar incapaz de ser mãe, pode apresentar preocupação por não conseguir se conectar com o filho, e em casos mais graves a mãe pode culpabilizar o bebê por todo o sofrimento que ela está sentindo.

É importante distinguir a Depresão Pós Parto do Baby Blues, que se caracteriza como uma tristeza que geralmente tem início no 3° a 5° dia depois do parto e dura no máximo 1 mês, e está ligada diretamente com a queda de hormônios que ocorre com a saída da placenta. 

Depressão Pós-Parto não é sinônimo de não amar o filho. Mas é necessário cuidado especializado, porque a relação mãe e filho pode ficar comprometida. Ela pode aparecer até 2 anos depois do nascimento do bebê, mas pode dar sinais ainda na gestação. Se esse for o seu caso, não deixe de procurar ajuda especializada.