A generic square placeholder image with rounded corners in a figure.


Dia Internacional para a eliminação da Violência contra a Mulher - 25/11


Por: Sarah Rebecca Eliziário Bonetti
Data: 25/11/2021
  • Compartilhar:

             A violência contra a mulher se tornou uma pandemia e se trata de uma questão de saúde pública. Apesar de ser um crime e grave violação de direitos humanos, a violência contra as mulheres segue vitimando milhares de brasileiras reiteradamente.

Três mulheres são vítimas de feminicídio por dia e 30 sofrem agressão física por hora. Uma em cada cinco mulheres já foi espancada pelo marido, companheiro, namorado ou ex. Esses dados revelam um cenário horripilante de como as mulheres são tratadas, em especial dentro de casa, um local que deveria transmitir segurança calmaria.

 Entretanto, muitos ao verem o companheiro agredindo uma mulher pensam de forma destorcida e negligente, “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. E nisso ocorre mais um feminicídio, mais hematomas e mais traumas para a vida inteira daquela mulher.

Contudo, nesse contexto surge um cenário ainda mais covarde e preocupante, a violência do parceiro íntimo durante gravidez. Ela é manifesta por atos abusivos físicos, sexuais ou emocionais, bem como pelo controle de comportamentos. Uma forma comum de violência contra a mulher grávida ocorre quando usam como alvo o abdômen de uma mulher, dessa forma, não apenas prejudicando as mulheres, mas também potencialmente pondo em risco a gravidez.

Pesquisas mostram que gestantes que sofreram abuso nesse período tiveram taxas mais altas de retardo de crescimento intrauterino e parto prematuro do que as mulheres que não sofreram abuso. O abuso durante a gravidez também pode levar a consequências de curto e longo prazo para a saúde das mulheres grávidas, incluindo a mortalidade materna, suicídio após a gravidez e comportamentos de saúde negativos.

Esse fato leva muitas mulheres a demorarem a começar o cuidado pré-natal. Isso pode ser prejudicial, na medida em que priva a mulher de receber atenção, orientação e os cuidados básicos da gestação. Ademais, o pré-natal é uma oportunidade onde a mulher tem acesso a assistência de saúde, e uma oportunidade de identificação da violência doméstica e de receber ajuda e orientação para tal. 

“O mundo é um lugar perigoso de se viver. Não por causa dos que nele fazem o mal, mas por causa daqueles que apenas olham e permitem que ele seja feito.” Albert Einstein

Sarah Rebecca Eliziário Bonetti

Sarah Rebecca Eliziário Bonetti Psicóloga Perinatal/Obstétrica CRP 08/30339 (44) 92000-3094 @gestarpsicologia


Anuncie com Jornal Noroeste
A caption for the above image.


Veja Também


smartphone

Acesse o melhor conteúdo jornalístico da região através do seu dispositivos, tablets, celulares e televisores.