Agosto Branco chama a atenção sobre o câncer do pulmão. O mês é voltado para a prevenção e conscientização para o câncer do pulmão, um tumor frequente, e que precisa de atenção.

        Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, as estimativas de câncer de traqueia, brônquio e pulmão para o triênio de 2023 a 2025 são de 32.560 novos casos, sendo que 18.020 em homens (terceiro câncer mais comum) e 14.540 casos novos em mulheres (quarto mais comum).

        Em 1986, diante de um grave problema de saúde pública, foi decretado através da Lei Federal n° 7.488, que o dia 29 de agosto, como sendo, o Dia Nacional de Combate ao fumo.

        O fumo é a causa mais comum para o aparecimento de Câncer de Pulmão, este câncer é o tipo mais letal, e acomete tanto, homens como mulheres. No Brasil, é a principal causa de óbito pela doença entres homens, e é a segunda entre as mulheres.

        Um dado preocupante é que virou tendência entre os jovens o uso do “vape” (cigarro eletrônico), um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pela organização global de saúde pública Vital Strategies, em 2023, indicou que pelo menos um a cada quatro brasileiros de 18 a 24 anos (23,9%) já utilizou cigarro eletrônico.

        Este dispositivo libera substâncias carcinogênicas e está associado tanto a doenças pulmonares letais não oncológicas como oncológicas.

        A maioria dos casos de câncer de pulmão são assintomáticos e são descobertos ao acaso. A detecção precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento, porém, a maioria dos diagnósticos são tardios, pois, os sintomas geralmente aparecem quando a doença já se encontra em um estágio avançado.

        O câncer de pulmão pode não dar sintomas, mas pode matar as pessoas, quando se faz o diagnóstico, a pessoa já pode estar prestes a morrer, isso é muito grave, por isso essa campanha se faz tão necessária, é importante procurar prevenir e parar de fumar seja cigarro convencional ou eletrônico.

        Portanto, sempre procure fazer exames períodos, e consultar regularmente um médico de sua confiança.

        Pois bem, o cigarro é responsável por 85% dos diagnósticos, porém, outros fatores também podem aumentar o risco para o desenvolvimento da doença, como: exposição à poluição do ar, agentes químicos ou físicos; doenças como enfisema pulmonar e bronquite crônica; fatores genéticos; entre outros.

        Os principais sinais de alerta são: falta de ar, fadiga ou cansaço, perda de peso sem motivo aparente, perda de apetite, tosse persistente por mais de 30 dias, tosse com sangue, escarro com sangue, dor torácica, e rouquidão persistente.

        Se perceber alguns destes sintomas procure o médico, este fará uma investigação por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, podendo até realizar uma biópsia.

        O tratamento é definido por uma equipe multidisciplinar que analisa cada caso composta geralmente por fisioterapeuta, pneumologista, oncologista, fonoaudiológico, psicólogo, nutricionista, todos unidos para o sucesso do tratamento.

A prevenção é evitar o tabaco e estar próximo de fumantes, o fumante tem 25 vezes mais chances de desenvolver o Câncer de Pulmão do que o não fumante, mas se você convive, ou inala a fumaça de um fumante você também, tem um risco aumentado de desenvolver a doença.

 Tenha uma dieta balanceada, faça exercícios físicos, recomendações estas que, diminui risco para qualquer tipo de câncer. Evite se expor a agentes químicos como: urânio, arsênico, cromo e cloreto de vinila.

Abandone o tabagismo, seja ele convencional ou eletrônico, segundo estudos sabe-se que sete anos após as pessoas pararem de fumar há uma redução de 20% do risco de desenvolverem câncer de pulmão, e de acordo com um estudo norte-americano, com 15 anos de cessação de fumar, 38% dos pacientes conseguem ser salvos.

Tanto parar de fumar, como o rastreamento de câncer de pulmão pode salvar vidas. Tenha em mente que a prevenção é sempre o melhor caminho a se tomar.