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Alma, corpo e mente


Por: R. S. Borja
Data: 11/07/2024
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“Cuide do seu corpo como se fosse viver para sempre e da sua alma como se fosse morrer amanhã” (Santo Agostinho).

Quando criança sempre ouvi que o ser humano era feito de corpo, mente e espírito. Com o passar dos anos, descobri que muitos não acreditam na existência do espírito e outros que não usam a mente, seja no que se refere a razão, seja no que se refere a emoção. Aprendemos que as experiências vividas definem nossas crenças e certezas.

Segundo filósofos, teólogos, coachs, especialistas, a felicidade estaria em ter um corpo sadio, mente sã e um espírito iluminado em equilíbrio constante. Contudo, o dia a dia nos mostra que é praticamente impossível alcançar essa perfeição em cada um dos aspectos e, mais ainda, ao mesmo tempo, sendo raros os exemplos de pessoas que atingiram essa evolução.

E passamos a vida buscando alcançar um corpo sarado, uma mente vencedora e um espírito evoluído. E diante da magnitude do desafio e as dificuldades do processo de evolução, quase sempre optamos por priorizar a evolução de somente um ou no máximo dois aspectos.

E descobrimos que ter um corpo perfeito, sem uma mente equilibrada e desconectados do Ente Superior, nos torna reféns da validação dos outros ou dependentes de medicamentos, deprimidos, ansiosos, sem empatia com o próximo e com um grande buraco negro dentro do peito.

Aprendemos também que só ter a tal “mente vencedora”, focados em objetivos quase sempre voltados a obtenção da riqueza material e sucesso profissional, acarreta em corpos fragilizados pelo stress, medicamentos em excesso e falta de exercícios. Além disso, essa mente vencedora exige uma entrega intensa, individualista, até egoística, sendo a pessoa a única coisa importante para sua vida, sem espaço para o outro ou para Deus.

Por fim, quando nos dedicamos exclusivamente ao espírito fortalecemos nossa mente para suportar as dores e enfermidades que atingem o corpo e a própria mente, com resignação e conformismo, mesmo que tais enfermidades abreviem nossa vida.

Então qual seria o caminho? Me parece que a resposta é óbvia: o equilíbrio, o meio. Se alcançar a plenitude é praticamente impossível e o mínimo é insuficiente, podemos dizer que a solução está entre os dois extremos.

E retornamos a frase inicial. Cuidar do corpo como se fossesmos viver eternamente. Torná-lo forte com exercícios, com alimentação saudável, com exames periódicos, prestando atenção ao detalhes e aos limites. Cuidar da alma como se o fim fosse amanhã. Pensamentos positivos, atitudes gentis, empatia e solidariedade ao próximo refletem em momentos felizes e paz.

Por que não alma e mente? Ou corpo e mente? E por que tem que ser alma e corpo?

Tenho a minha resposta a estas indagações. Mas qual é á sua?

R. S. Borja


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