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Um dia (in)comum


Por: Dr. Felipe Figueira
Data: 02/05/2024
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Desde que comecei a carreira de professor, costumo viajar duas vezes por ano. Geralmente são viagens em que, ao mesmo tempo que aproveito para descansar, adquiro experiências culturais. Assim foi com as viagens ao exterior e ao redor do Brasil. Eu criei um lema: “Se não posso levar os meus alunos para o mundo, eu trago o mundo para eles.”

Depois que me casei, mantive o hábito das duas viagens por ano, pois ele ajuda tanto a mim quanto a minha esposa, que também lida com os estudos diariamente, a descansarmos física e mentalmente. Não foram poucas as vezes que, estando em fevereiro, ansiávamos por julho, e, estando em agosto, ficávamos ansiosos por janeiro.

Ao longo do ano, mesmo com finais de semana livres, nunca fizemos passeios de um ou dois dias. É como se, para nós, fosse tudo ou nada. Então refletimos: “a vida não é um jogo de tudo ou nada”. Então passamos a dizer: “Vamos nos programar para explorar as cidades vizinhas em breve.” Só que o em breve se distanciava do nosso dia a dia.

Contra a procrastinação, certa vez dissemos: “Semana que vem! Semana que vem iremos a Londrina passear!” Como moramos em Maringá, a “pequena Londres” é quase uma cidade vizinha, que leva pouco mais de uma hora para chegarmos. E por que essa cidade em especial? Da minha parte, é porque foi lá que eu fiz o mestrado e considero o campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL) um dos mais belos do Brasil.

Ao chegar a “semana que vem”, não nos perguntamos se de fato iríamos, simplesmente ligamos o carro pela manhã e fomos. O roteiro? 1º Almoçar em um restaurante que um dia fui e que gostei; 2º Visitar o Lago Igapó; 3º Ir ao shopping; 4º Ir à UEL.

Lago Igapó

 

Calçadão da UEL 

Quando foi cinco da tarde já estávamos em nossa casa, com a sensação de que o dia valeu a pena. Estabelecemos o propósito, que espero que se mantenha, de explorarmos com mais regularidade cidades vizinhas e lugares próximos da nossa região. A vida é curta e é preciso apreciá-la. Como dizia Tom Jobim, inspirado por Goethe, “Longa é a arte, tão breve a vida”.

Dr. Felipe Figueira

Felipe Figueira é doutor em Educação e pós-doutor em História. Professor de História e Pedagogia no Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Paranavaí.


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