Nas margens do Rio Branco, eu sentei e chorei
É verão
aqui no norte
o sol descortina radiante
as nuvens brincam numa corrida graciosa
para lá
para cá
para cá
para lá
Esse embalo me “entonteia”
Sento à margem do Rio
observo a areia nua
Tapete amarelado estendido
Em alguns pontos
um mato ralo e rente
aparece envergonhado
como se cobrisse
vergonhas recém-descobertas
O deserto se abre
sem caravanas ou oásis
choro pela areia nua
choro pelas águas que se foram