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Julho Turquesa: Saiba mais sobre a Síndrome do Olho Seco


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 13/07/2023
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O Julho Turquesa nasceu em 2017 nos EUA pela TFOS (Tear Film Ocular Surface Society), mas, só veio para o Brasil em 2020, trazida pela Associação dos Portadores de Olho Seco (APOS) em parceria com a TFOS. A campanha leva a discussão sobre a síndrome do Olho Seco, e ainda, divulga e informa melhor a população deste mal, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

A Síndrome do Olho Seco ou Síndrome da Disfunção Lacrimal, acomete cerca de 5% a 34% da população ao redor do mundo. Ela não tem cura, mas, é possível controlar a doença e restaurar a homeostase do filme lacrimal, ou seja, controlar a produção da lágrimal de forma adequada. Pois, se o olho não produzir lágrima o suficiente para lubrificar os olhos, além de produzir desconforto pode provocar cicatrizes nos olhos, úlceras corneanas, e até mesmo perfuração, e lesões na córnea.

É a queixa número um nos consultórios oftalmológicos.

Esta síndrome é conhecida como doença do mundo moderno, e se agravou com a pandemia, e o isolamento social. Isto porque, com o distanciamento social, colamos mais nossos olhos na telinha do celular, smartfones, televisões, computadores e afins. Acontece que, quando fixamos nosso olhar nessas telas, esquecemos de piscar, ou piscamos de forma incompleta. E o ato de piscar faz com que fabriquemos lágrimas. Outro fator, é o uso exagerado de ar condicionado e ventiladores, estes contribuem para a baixa umidade do ar; a pouca ingestão de água principalmente no inverno; clima seco; uso de lentes de contato; menopausa; síndrome de Sjogrem; poluição ambiental, também influenciam.

Ora, a lágrima precisa ser produzida em quantidade e qualidade suficientes para manter o seu correto funcionamento. Se não, podem aparecer sintomas como: desconforto ocular, fotofobia, sensação de areia nos olhos, ardor, vermelhidão, coceira, visão embaçada, dificuldade em usar lentes de contato, sensação de secura, ou de corpo estranho nos olhos, e até excesso de lacrimejamento.

O oftalmologista Rodrigo Moreira Gomes, explica que: “A lágrima tem cerca de 100 componentes fundamentais para a limpeza e defesa dos olhos contra microrganismos – não é apenas água salgada. Em cada pequena gota, essas moléculas se distribuem em água, sais minerais, proteínas, lipídios e gordura. No momento do piscar, essas camadas se unem e fazem com que a evaporação do líquido não seja tão rápida”.

Quando o número de piscadas diminui, da boas-vindas para a Síndrome do Olho Seco, em condições normais uma pessoa pisca entre oito a dez vezes por minuto, quando fixamos nosso olhar numa tela, ou mesmo num livro, o número de piscadas diminui para três.

O tratamento consiste em, com a ajuda de um oftalmologista investigar a causa, e varia conforme o estágio da doença, geralmente, no início, o médico receita colírios lubrificantes, e em casos mais graves, ele pode utilizar medicações por via oral ou até mesmo terapia de luz pulsada e cirurgia.

Portanto, procure seguir essas dicas:

Utilize colírios lubrificantes indicados pelo seu oftalmologista, nunca use colírios sem indicação médica.

Nunca use soluções caseiras como o uso de suco de limão, chás de flores brancas ou camomila, entre outros.

Hidrate-se diariamente, cerca de 2 litros de água, mesmo no inverno.

Faça pequenas pausas enquanto estiver em frente ao celular ou computador.

Ajuste a altura da tela do computador, conforme a sua altura.

Evite ambientes com ar-condicionado, use umidificadores de ar, e mantenha os ambientes arejados.

Evite a exposição à fumaça.

Procure piscar os olhos com mais frequência.

Faça higiene dos olhos corretamente, em especial as mulheres devem retirar toda a maquiagem, aliás, a higiene adequada afasta o risco de alergias e infecções.

Durma bem e se alimente corretamente.

Por tudo isso, pisque sem moderação, beba bastante água, e procure ir a um oftalmologista regularmente. Fique atento a sua saúde ocular.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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