Bom para o coração, bom para o cérebro
A população idosa brasileira está envelhecendo, é o que diz o Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2022, de acordo com a fonte o total de pessoas com 65 anos ou mais de idade, cresceu 57,4% em 12 anos.
A expectativa de vida tem aumentado, hoje, as pessoas vivem facilmente até aos 80 a 90 anos, a grande questão é que a qualidade de vida não tem acompanhado proporcionalmente, embora as pessoas vivam mais, elas têm a sua autonomia e independência comprometida.
Ora, devemos procurar envelhecer com dignidade capazes de desempenhar nossos afazeres diários e necessidades pessoais, buscar autonomia física e mental.
E para isso, é preciso procurar ter uma boa qualidade de vida, tais como: realizar atividades físicas regulares; ter uma dieta equilibrada; dormir bem; não fumar; beber moderadamente; controlar doenças cardiovasculares; procurar viver com leveza; ter amigos; rir mais; ter bom ânimo e bom humor são algumas das práticas que devem ser seguidas por todos nós em qualquer idade.
Mas, um estudo recente mostrou que para ter um cérebro saudável é preciso ter pernas fortes, mais especificamente o músculo da coxa, e a panturrilha funciona como o segundo coração, bombeando sangue para o nosso organismo.
O estudo em questão realizado pelo King`s College Londom, mostrou que as pernas, que reúnem o maior grupo muscular no corpo humano, tem grande responsabilidade em manter as funções cognitivas. O estudo contou com 324 mulheres gêmeas, com idade média de 55 anos. Elas foram acompanhadas durante 10 anos e suas capacidades de aprendizado e memória foram testadas regularmente. Uma década depois, a gêmea que tinha mais força nas pernas, teve melhores resultados e sofreu menos perdas cognitivas associada ao avanço da idade.
Então, existe uma relação íntima entre o sedentarismo e causas de mortes e doenças, ora se a musculatura é fraca, estaremos mais susceptíveis a impactos, quedas, fraturas, quebraduras e a lapsos de memória. Quando menor a massa muscular, menor será a nossa expectativa de vida e mais perto da demência estaremos.
Pois, quando exercitamos não é apenas as pernas e o coração que são estimulados, a atividade física estimula o cérebro, aumentando o fluxo sanguíneo cerebral de maneira significativa. Ao nos exercitarmos, há um aumento da irrigação sanguínea cerebral, fazendo com que o oxigênio e os nutrientes cheguem de maneira efetiva no cérebro, inclusive nas funções cognitivas, ajudando na formação de novos neurônios e novas conexões entre eles.
O que faz bem para o coração, faz bem também para o cérebro, é o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo ela a relação entre exercício físico e demência segue a lógica das recomendações para a saúde cardiovascular. A prática regular protege contra quadros demenciais.
Portanto, malhe bastante as suas coxas, caminhe, faça musculação, foque nas suas pernas, exercite-se todos os dias, não deixe o desânimo ou a preguiça tomar conta de você, faça uso pesos e elásticos, faça agachamentos, afundos, pranchas, suba escadas, faça bicicleta, mas, sem exagero, tenha sempre um profissional de educação física, e um médico, ao seu lado para te orientar.
Manter as pernas fortes é mais do que estética, é um investimento em sua saúde integral e longevidade. Pernas fortes é a chave para uma velhice mais saudável e autônoma.
Como diz Marcio Atalla: “ O melhor do melhor é sair do sedentarismo. Sem complicar. Só vai! “