A generic square placeholder image with rounded corners in a figure.


Fevereiro Roxo e a Fibromialgia


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 18/02/2021
  • Compartilhar:

Em 2014, na bela cidade do triângulo mineiro de Uberlândia, nascia uma linda campanha. O Fevereiro Roxo, que objetiva informar e ressaltar a importância do diagnóstico precoce de três doenças: a Fibromialgia, o Lúpus e o Alzheimer.

Mas o que elas têm em comum? Todas elas são incuráveis, e o tratamento visa dar maior conforto, devolver a qualidade de vida e minimizar os sintomas. E se diagnosticado precocemente, pode evitar que os sintomas avancem.

Falaremos hoje da Fibromialgia.

Dores por todo o corpo, a pessoa não consegue definir se, é no músculo ou nas articulações. Elas se queixam e exclamam:

- Doí tudo, não há nenhum lugar que não doa.

Ao acordar pela manhã, reclamam que parece que trabalharam a noite toda, se sentem cansados e doloridos, com a impressão que não dormiram nada. Também relatam que as extremidades estão inchadas, porém, ao exame clínico feito por um profissional, não se percebe nada, este inchaço chama-se inchaço subjetivo.

Cansaço extremo, sono não reparador, a memória falha, o nível de concentração diminui, ansiedade, formigamento e dormência, depressão, dores de cabeça, tonturas, problemas para urinar, como a disúria, e intestinais, como a constipação, insônia, antes de dormir, as pernas ficam inquietas e, durante o sono elas se movimentam, dores abdominais e queimação. Muito sensíveis ao toque, sentem dor ao serem tocadas em vários pontos no corpo, chegam ao ponto de recusar um abraço ou um carinho.

Embora não haja lesões aparentes, e com os exames normais, elas sentem dores. E é uma dor real, que pode vir a piorar se expostas a situações como: estresse emocional, excesso de esforço físico, exposição ao frio, sono ruim ou alguns traumas.

Acomete mais mulheres do que homens, entre 30 a 55 anos. Mas também pode aparecer em crianças, adolescentes e idosos. A dor pode durar de 3 meses, anos ou a vida toda.

A ansiedade e a depressão podem ter uma influencia muito negativa para os portadores da doença. Sentimentos de alegria e felicidade diminuem o desconforto e as dores, ao passo que a tristeza e a infelicidade aumentam os sintomas negativos.

O diagnóstico é feito clinicamente, através dos sinais e sintomas apresentados, não há exames específicos para ela. A Fibromialgia pode estar associadas a outras patologias então, o reumatologista pode pedir exames como laboratoriais, e de imagem como o  ultrassom ou tomografias, não por causa da fibromialgia, mas, para afastar ou descobrir outras patologias associadas.

Não existe cura, mas existe controle. Ela não é fatal, mas pode durar a vida toda. Mas com o devido tratamento, a pessoa pode ficar sem dor, ou com a dor em um nível bem baixo.

Os pacientes com fibromialgia têm dificuldade de executar tarefas profissionais e do dia a dia. Eles também sofrem com a indiferença de amigos e familiares, muitos também têm problemas conjugais, pois eles não entendem a gravidade da doença.

Mais valioso que o remédio é o exercício físico, não existe tratamento eficaz para a fibromialgia sem o exercício físico, embora a pessoa possa a vir a reclamar de fazê-lo, é de fundamental importância à prática.

Seja ela um alongamento, pilates, hidroterapia ou hidroginástica, RPG, dança, ioga, uma simples caminhada ou outra modalidade esportiva, a ordem é se mexer. A atividade física regular, melhora a dor e o humor.

Procurar a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para fazer Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC), pode ajudar o paciente a entender e interpretar melhor suas atitudes frente à dor e sintomas. Ajudando o paciente a se recuperar.

Procure tomar e aderir o tratamento sugerido pelo seu reumatologista.

Tenha uma vida mais tranquila, fuja de situações estressantes.

Aprenda a descansar e relaxar, reservando um momento do dia para isso.

Medite e faça exercícios de respiração.

Evite carregar pesos e pare de fumar.

Se puder faça massagens e acupuntura.

Procure dormir bem. Prepare o ambiente para isso. Elimine luzes e barulhos, providencie uma temperatura agradável, colchões e travesseiros confortáveis, desligue o celular, leia um bom livro antes de dormir. Evite sonecas durante o dia, não beba bebidas com cafeína e café após às 17 horas.

É possível viver bem com Fibromialgia. Sim, ela judia, mas não mata e não traz invalidez para a pessoa. É preciso coragem para enfrentá-la, e buscar uma maior qualidade de vida, a ajuda de especialistas, e procurar ter uma vida mais calma e tranquila, evitando o estresse. Lembre-se disto.

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Enfermeira Obstetra e Especialista em Fisiologia Humana

 

 

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


Anuncie com Jornal Noroeste
A caption for the above image.


Veja Também


smartphone

Acesse o melhor conteúdo jornalístico da região através do seu dispositivos, tablets, celulares e televisores.