Saiba os cuidados e como se proteger contra o Câncer de Pele
É preciso cuidar da pele, e não é só uma questão de beleza, e sim de saúde. Vivemos em um país, onde as altas temperaturas imperam a maior parte do ano. E o sol, reina imponente e majestoso.
Assim, devemos aprender como lidar com ele, sem prejudicar o nosso maior órgão, a pele.
O Câncer de Pele é o mais frequente no país e no mundo. E o INCA registra a cada ano 177 mil novos casos de câncer não melanoma (menos agressivo), e 8,4 mil de câncer de pele melanoma (mais agressivo). A pele é formada por duas camadas a epiderme, camada externa, e a derme, camada interna, ela tem por função regular a nossa temperatura corporal, e proteger o nosso organismo contra fatores externos, ambientais, químicos e agentes infecciosos.
Tem maior risco a desenvolver a doença, pessoas que se expõem ao sol de maneira inadequada e prolongada, principalmente na adolescência e infância, se tem história familiar ou pessoal da doença, se tiver pele e olhos claros, cabelos loiros, ou ruivos, e pessoas albinas, se fizer uso de câmeras de bronzeamento artificial, e se tem pintas.
Quais os cuidados que devem ser ensinados e seguidos?
- Evite tomar ao sol, entre às 10 h e 16 h.
- Use bonés, chapéus de abas largas, óculos escuros, com lente UVA/UVB e sombrinhas.
- Use protetor com FPS igual ou superior a 30, inclusive nos lábios. Aplique 30 minutos antes de sair de casa, e reaplique a cada 2 horas. Aplique mesmo em dias nublados.
- Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a medida certa para aplicar o protetor solar é de: 1 colher de chá para rosto, cabeça e pescoço, 2 colheres de chá para frente e trás do tronco, 1 colher de chá para cada braço e 2 colheres de chá para cada perna.
- Proteja as crianças, passe protetor solar nelas. Ensine-as como usar e aplicar nelas próprias. Os protetores podem ser usados em crianças, a partir dos seis meses de idade.
- Vá ao dermatologista uma vez ao ano. Observe sua pele, procure por pintas ou manchas suspeitas.
- Para manter a pele hidratada, beba bastante água e aplique todos os dias, um bom hidratante no corpo.
- Use camisetas, calças compridas e blusas de mangas compridas, de preferência de algodão e de cor clara. Se for fazer alguma atividade no sol, use roupas com proteção solar UV.
- Procure ficar à sombra de árvores, tendas ou barracas use barracas de preferência de algodão ou lona, as de nylon são pouco confiáveis, pois deixam passar 95% dos raios UV.
- Não faça bronzeamento artificial.
Você sabia que a prática de bronzeamento artificial, antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer de pele? E que também acelera o envelhecimento precoce e provoca outras dermatoses?
Em 2009 a Organização Mundial de Saúde (OMS), classificou que as câmaras de bronzeamento como cancerígenas, desde então, em dezembro de 2009 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), proibiu a prática de bronzeamento no Brasil, sendo o Brasil o primeiro a ter essa iniciativa, e seguido por outros, posteriormente.
Procure conhecer o seu corpo e sua pele, pois faz toda a diferença na hora de detectar alguma irregularidade. Atenção: nem toda pinta é câncer, fique atento a pintas que não existiam até os 25 anos, pintas escuras e multicoloridas, irregulares, que crescem e coçam. Sardas não se transformam em câncer.
E o que procurar? Use o critério do “ABCDE”, para identificar irregularidades:
A – Assimetria: quando a metade da pinta não casa, com a outra, ou seja, não é parecido com a outra metade.
B – Bordas irregulares e mal definidas.
C – Cor: quando a cor não é a mesma em toda pinta, variando entre marrom, preto, vermelho, azul e branco.
D – Diâmetro: a pinta tem mais de 6 mm.
E – Evolução: a pinta muda de tamanho, forma, cor ou apresenta sangramento.
Se perceber qualquer anormalidade ou irregularidade, vá ao médico. A visita ao dermatologista deve ser anual, pois podem aparecer lesões em regiões onde não é possível reconhecer sozinho. Lembre-se o autoexame não substitui a ida ao médico.
Cuide da sua pele. Cuide da sua saúde. O sol é uma bênção, porém, é preciso saber como lidar com ele para não adoecer.
Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Enfermeira Obstetra e Especialista em Fisiologia Humana