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A Responsabilidade Coletiva da Vacina contra a Covid-19


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 28/01/2021
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Maior que a doença, é o muro que o medo levanta. Obstáculos criados através da densa fumaça das fake News, cega os olhos, espalhando por todos os lugares a escuridão, e levando as pessoas, a se desviarem do caminho certo, e chegarem a destinos incertos. E qual o caminho correto a trilhar? O caminho é a vacina.

            Não há outro caminho senão ela, que é o resultado de muito estudo, é segura e eficaz, capaz de erradicar o vírus, porém, para que isso aconteça todos precisam colaborar e estarem dispostos a tomá-la. Apenas, através da vacina e que conseguiremos controlar a doença, é um dever coletivo, todos devem fazer a sua parte, ela só funciona se todos se comprometerem, e assumirem a sua responsabilidade.

            Conseguimos acabar com várias doenças no passado, através de campanhas de imunização bem sucedidas. O Brasil chegou a receber um certificado, que o país estava livre do sarampo, mas, infelizmente perdeu a certificação, porque deixamos de vacinar nossas crianças, e a doença está de volta.

            E depois de tanta espera, a tão sonhada vacina chega, e no domingo do dia 17 de janeiro deste ano, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), finalmente aprova duas vacinas para o uso emergencial, a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, e a da Universidade de Oxford, AstraZenica, que será feita pela Fiocruz no Brasil.

            E o sentimento de desalento, ante ao triste quadro pintado pela pandemia, dá lugar a esperança.

            Como bem diz Michele Oliveira, gestora de enfermagem, “Esses 10 meses foram muito difíceis. Vimos muitas histórias tristes, muitas histórias felizes também, mas os dias estão sendo muito pesados. A gente está num período de aumento de casos, de gravidade e de número de óbitos, mas chegamos a esse dia maravilhoso e nos sentimos com as esperanças renovadas”.

            E não é apenas a esperança que foi renovada, vários outros sentimentos vieram à tona.

            Como o sentimento de alívio que Lidier Nogueira, 34 anos, sentiu ao tomar a vacina. “A primeira sensação que vem na minha cabeça é de alívio, por todos esses meses, e por tudo o que vimos aqui, de sofrimento, perdas e choro. Ser vacinada e saber que existe uma possibilidade de se prevenir dessa doença e diminuir os números, é super emocionante.”

            Sentimentos de alívio, emoção, esperança por dias melhores, felicidade, proteção, valorização da vida, gratidão, fé, têm invadido nosso ser.

             Devemos acreditar e confiar, vencer o medo, Mônica Calazans, 54 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada no Brasil, e conclama “Falo com segurança e com propriedade: não tenham medo. É a grande chance que a gente tem de salvar mais vidas. Vamos nos vacinar”.

            Apelo também feito pelo ator americano, Arnold Schwarzenegger, “Venha comigo se quiser viver”, pedido feito logo após ser vacinado nos EUA.

            Todos, devemos acreditar. As vacinas já ajudaram a erradicar várias doenças, agora, é a vez da Covid-19. Não dê ouvidos a notícias falsas, vacina-se.

            Tenhamos em mente que, mesmo depois de se vacinar, ainda é necessário manter o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool em gel, pois o vírus continua a circular, e enquanto todos não tomarem a vacina, não estaremos livres dele. Só conseguiremos dar adeus a ele, se todos se vacinarem.

            Eis, que a esperança chegou para alguns, e está chegando a todos. Começamos a enxergar o começo do fim da pandemia, e uma luz no fim do túnel surge. Agora para que isso aconteça, devemos ajudar uns aos outros, não teremos êxito, se todos caminharmos em direções opostas, não chegaremos a nenhum lugar, mas, se nós nos  unirmos, e caminharmos em uma única direção, tendo um único objetivo, certamente chegaremos onde queremos chegar, que é o fim desta doença.

            Poderemos assim, deixar de lado as máscaras, e finalmente sentir que o calor mais intenso, não são as altas temperaturas, mas o calor humano de um abraço.

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Enfermeira Obstetra e Especialista em Fisiologia Humana

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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