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A origem do meu nome


Por: Dr. Felipe Figueira
Data: 23/10/2025
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         Ao longo das minhas crônicas falei várias vezes em primeira pessoa do singular e trouxe vários aspectos íntimos que formaram e formam meu lado professor e estudante. Porém, ainda não falei acerca do meu nome e como que ele diz muito sobre quem eu sou.

          Primeiro que Felipe é um nome de origem grega, que significa “aquele que gosta de cavalos”. Em meus trinta e seis anos só andei de cavalo uma vez e não gosto de cavalgadas. Todavia, é preciso sair da literalidade e imaginar que em tempos não tão remotos o cavalo era o principal meio de transporte de muitos grupos. Hoje em dia é possível dizer que o cavalo é um carro, um avião, um ônibus, e, com essa nova roupagem, posso afirmar que gosto demais desses cavalos, que o confirme meu rol de viagens.

          Segundo que quem escolheu meu nome foi a minha mãe. A escolha parece que desenhou a minha vida. A minha genitora passava por uma escola infantil em Cascavel chamada Jean Piaget e prestou atenção nas crianças, quando ouviu a voz da professora: “Felipe, volta para perto de mim, sai daí de onde você está”. Minha mãe gostou da espontaneidade daquele menino e disse para si que o seu filho teria o mesmo nome daquela criança arteira. Meu nome começou em uma escola e há 15 anos eu sou professor.

          Terceiro que há o Filipe bíblico cuja história aparece em Atos dos Apóstolos. Filipe se depara com o eunuco e pergunta se este entende o que estava lendo, no caso, um trecho do profeta Isaías. O eunuco responde: “Como poderei entender se alguém me não ensinar?” (Atos 8: 30). Nisso, o diácono, pronto, colocou-se a ensinar a história do povo judeu até chegar em Jesus Cristo. Logo, o que Filipe fez foi ensinar história ao viajante. Eu tenho como primeira graduação História, logo, vivo de contar histórias aos meus alunos.

          Por mais simples que possam parecer as três situações trazidas, elas dizem muito de mim e servem como uma luva em minha vida. Como fiz das minhas crônicas conversas, nada mais justo que em algum momento eu falasse do meu nome.

 

Bíblia Sagrada. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Geográfica, 2010.

Dr. Felipe Figueira

Felipe Figueira é doutor em Educação e pós-doutor em História. Professor de História e Pedagogia no Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Paranavaí.


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