Cresce o uso de energia de backup no Brasil
Mudanças climáticas, instabilidade no fornecimento energético e o avanço tecnológico impulsionam o setor de geração e de armazenamento complementar de energia no país
O uso de soluções de energia de backup, como geradores e sistemas de baterias - antes visto como um luxo, tornou-se uma exigência operacional e que vem crescendo de forma acelerada no Brasil. A combinação de eventos climáticos mais severos, falhas de fornecimento e o barateamento das tecnologias de armazenamento tem levado empresas e consumidores a buscarem mais segurança e previsibilidade no fornecimento energético, visando manter a disponibilidade e os serviços operantes.
Tradicionalmente movido por geradores a diesel, também possui opções a gás, modelos bi-fuel e sistemas de baterias de alta performance, que não só oferecem segurança contra interrupções, mas também otimizar a demanda contratada e reduzir custos fixos com energia em até 30% em operações[1] [CI2] , como as industriais e hospitalares.
A tendência é clara: o mercado migra de uma postura reativa de emergência pós-falha para uma gestão proativa de planejamento de energia. Então, integrar sistemas de backup permite que empresas e grandes condomínios, por exemplo, transformem dificuldade (risco de interrupção dos serviços) em um ativo de eficiência e, também, sustentabilidade, garantindo a competitividade dos negócios em um cenário elétrico de instabilidade recorrente.
Segundo o novo Estudo Estratégico de Armazenamento de Energia, produzido pela Greener em 2024, o mercado brasileiro adicionou 269 MWh de capacidade de armazenamento junto ao consumidor, aumento de quase 30% em relação a 2023. No total, o país hoje soma 685 MWh instalados, e o investimento previsto pelas empresas do setor até 2030 ultrapassa R$ 22,5 bilhões, podendo dobrar caso o ambiente regulatório avance.
Para Cristiane Izzo, gerente de vendas Retail da Sotreq, o avanço do mercado de energia de backup representa uma mudança clara de posicionamento. “A modalidade deixou de ser apenas uma solução emergencial e passou a integrar o planejamento estratégico das empresas, sinônimo de continuidade, proteção de receita e eficiência operacional”, explica.
Ela acrescenta que o futuro do setor está diretamente ligado à sustentabilidade. “Os novos equipamentos, especialmente os modelos híbridos e à gás, oferecem menor impacto ambiental e mais previsibilidade de custos. É um caminho sem volta para quem busca eficiência energética com responsabilidade”, completa a gestora.
A tendência se repete globalmente: segundo site da Global Growth Insights, o mercado de geradores de emergência, avaliado em US$ 3,9 bilhões em 2024, deve chegar a US$ 7,2 bilhões até 2033. No Brasil, o crescimento se dá também pela expansão dos sistemas híbridos, que combinam geradores, energia solar e baterias, ampliando a autonomia e reduzindo emissões.
Mesmo com desafios — como o custo inicial e a regulação em desenvolvimento — Cristiane (da Sotreq) avalia que o segmento deve seguir em alta. A maior digitalização, o crescimento de data centers e o avanço da geração distribuída impulsionam o uso de energia de backup.
Sobre a Sotreq
Com mais de 80 anos de inovação, a Sotreq é uma empresa nacional que fornece soluções para equipamentos novos e seminovos, tecnologia, suporte ao produto especializado, além de solução para locação. É revendedora Oficial Cat com mais de 50 filiais distribuídas em mais de 90% do território nacional. Atende aos segmentos de mercado de Construção, Mineração, Agronegócio, Energia, Florestal, Industrial, Petróleo & Gás, e Marítimo com uma equipe técnica altamente qualificada.

