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Quais são as consequências emocionais da violência obstétrica no parto?


Por: Sarah Rebecca Eliziário Bonetti
Data: 25/02/2021
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O parto faz parte da história de uma mulher não apenas nos primeiros meses de vida do seu bebê, mas por toda vida. Muitas mães relatam vividamente esse acontecimento, mesmo anos depois, quando esses filhos já se tornaram adultos.

            Já que o parto é lembrado por muito tempo, o que acontece se a experiência foi traumática e angustiante para essa mulher? As emoções dela em algum momento irão falar sobre esse evento, mas talvez de uma maneira que ela nem mesmo perceba e associe a esse momento.

            A violência cometida pode se tornar um fator de risco para a Depressão Pós Parto, a mulher pode apresentar sinais de irritação, alterações no sono e apetite, desmotivação intensa, crises de choro e por tudo isso, pode acabar levando a uma dificuldade na vinculação mãe-bebê. É válido lembrar que a Depressão Pós Parto pode aparecer até 2 anos após o parto.

            Ainda outro transtorno que pode ser desencadeado é o Estresse Pós Tráumático, muitas pessoas não associam isso com a violência obstétrica, mas a verdade é que qualquer tipo de evento traumático, incluindo o momento do parto, pode ocasionar isso. Essa mulher pode ter pesadelos com o momento, durante o dia flashbacks e durante o sono pode realizar movimentos que ela fez durante o episódio de violência ou que gostaria de ter feito.

Pode ainda desenvolver fobia a médicos e ambientes hospitalares e modificar seu planejamento familiar, ou seja, não desejar mais filhos ou mudar a via de parto na próxima gestação, devido ao trauma.

Para algumas mulheres está claro que ela sofreu violência obstétrica, quando é o caso, e para outras por falta de informação, talvez não tenham se dado conta disso no âmbito consciente, mas seu psiquísmo vai dar um jeito de expressar isso e muitas vezes será em sintomas.

O papel do Psicólogo Obstétrico é trabalhar com a mulher essas questões antes mesmo do parto no Pré-Natal Psicológico, ajudá-la a fazer uma preparação saudável para toda essa gravidez, informando ela sobre os aspectos psicológicos e todas as questões que precisam ficar clara para ela, assim como o que se caracteriza violência obstétrica. Mas caso essa mulher já tenha vivenciado isso, é da competência do Psicólogo também acolhe-la, porque só ela sabe a dor que traz no coração e ajudá-la a conseguir vivenciar sua maternidade de maneira prazerosa, sem culpa e resentimento.

 

 

Sarah Rebecca Eliziário Bonetti

 

Psicóloga Obstétrica/Perinatal

CRP 08/30339

 

 

@gestarpsicologia

 

Sarah Rebecca Eliziário Bonetti

Sarah Rebecca Eliziário Bonetti Psicóloga Perinatal/Obstétrica CRP 08/30339 (44) 92000-3094 @gestarpsicologia


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