Dou início, a essa nova exposição de ideias, confessando que já fui um cinéfilo convicto. Nas telonas das salas de cinema, acompanhei filmes e sagas como Star Wars, Jornada nas Estrelas, Duro de Matar e outros. Assisti a filmes de comédia nacional com os famosos Trapalhões e a desenhos maravilhosos como Mulan, Aladim e Kung Fu Panda. Partindo desta confissão, venho propor uma rápida reflexão referente as telonas, os filmes e nossa atualidade violenta, formulando a seguinte questão: como está o assistir as produções nos cinemas em nossa atualidade violenta?

Tenho observado muito ditos remakes de filmes prezando pela exibição de uma forma de violência mais tecnológica e talvez por este motivo, uma exibição de violência mais fria e cruel. Por sua vez, as comédias perderam um bom espaço, embora admita que se torna uma tarefa não muito fácil, fazer sorrir em nossa atualidade. Penso que tal tarefa, exatamente pelo nosso momento atual, se faz cada vez mais necessária, pois sorrir torna-se essencial em meio a tanta violência e dor. Por falar em espaço, os desenhos também perderam muito espaço para a sua presença nas telonas. Os poucos exibidos, me fazem duvidar que possam trazer o encanto e a animação dos desenhos anteriores.

Obviamente, que os valores e as visões de mundo se modificam. Porém, fica outro questionamento: em nossa atualidade, marcada por conflitos violentos, não seria mais positivo em termos de humanização, animações que liberassem as tensões e um pouco menos de filmes com demonstrações cada vez mais extremas e sofisticadas de enorme violência?  Este é um convite a refletirmos e discutirmos a respeito do que hoje preferimos ou não assistir nas telonas das salas de cinema: o riso ou a dor. A descontração e o encanto, nos fazendo sonhar e encantar ou o sangue e a aflição da violência que só destrói e mata. Devemos observar e analisar um sinal nítido de nossos tempos conflituosos, quando contatamos que atualmente os estúdios Disney, passaram a produzir filmes com conteúdo de violência, assassinando por consequência o Mickey, o Donald, o Pateta e outros.