O centro do evangelho
Romanos 1.3a: “[...] com respeito a seu Filho”
Na semana passada, vimos a segunda característica da mensagem que o apóstolo Paulo pregava: uma mensagem que consistia numa antiga promessa de Deus, feita conhecida através de profetas e registrada nas Sagradas Escrituras (Rm 1.2). Hoje, veremos a respeito da terceira característica desta mensagem, isto é, que essa boa notícia, essa antiga promessa, gira em torno de uma pessoa (Rm 1.3a).
Unindo tudo o que Paulo — autor da epístola aos Romanos — escreveu até agora, temos a demonstração de que o evangelho que Paulo prega é uma boa notícia da parte de Deus e que refere-se a uma promessa muito antiga.
Porém, na continuação Paulo introduz um conteúdo “novo” sobre o evangelho que ele prega. Agora ele diz que o evangelho é com respeito ao envio de uma pessoa específica. O evangelho — aprendamos isso, queridos irmãos — gira em torno de uma pessoa.
O evangelho divino, como diz Paulo, é “com respeito”, ou seja, tem por referência, direção, centro e rumo uma pessoa. Mas, que pessoa? A resposta paulina é: o Filho d’Aquele que prometeu o evangelho. O Filho do próprio Deus!
Em outras palavras, o que Paulo está nos dizendo é que o evangelho foi prometido no Antigo Testamento pelo Deus Pai, mas seu conteúdo faz referência ao Deus Filho, o unigênito de Deus (João 3.18). Isso implica no fato de que o Pai e o Filho são um na mesma mensagem e que operam juntos na salvação do pecador.
Enquanto o Deus Pai é aquele que promete, o Deus Filho é o próprio prometido; e o evangelho — as boas novas — é a obra que o Pai deu ao Filho para executar em prol de seus eleitos amados (João 5.36).
É apropriado aproveitarmos a ocasião para dizer que o papel do Deus Espírito Santo — completando a Trindade Divina — é aplicar a obra do Filho nos corações dos eleitos, selando-os para Deus e os santificando até a glorificação através da palavra de Cristo.
Nesta altura, você querido irmão e/ou irmã, já sabe que esse Filho é Jesus Cristo, o Salvador. Contudo, Paulo ainda quer nos apresentar esse Jesus em suas duas naturezas: humana e divina.
Na continuação dos verso 3 e o verso 4, Paulo aborda a grande “questão cristológica” sobre a natureza do salvador. Cristo era somente homem? Ou Cristo também era Deus? Se Deus quiser, na próxima semana, veremos a resposta paulina (e bíblica) para essas dúvidas.
Até a próxima!
Que Deus te abençoe.
Fernando Razente
Amante de História, atuante com comunicação e mídia, leitor voraz e escritor de artigos de opinião e matérias jornalísticas.