Ministério da Saúde pede “ às mulheres que não engravidem neste momento"
Por dr. Juarez de Oliveira, do Programa Saúde da Família (PSF)
As novas variantes do novo coronavírus que têm sido encontradas no Brasil e no mundo, têm acometido uma população mais jovem do que as outras cepas anteriores, que atingiam mais os idosos. Como este assunto ainda é uma novidade para a ciência, praticamente todos os dias surgem novos dados, novos estudos nos mais diferentes cantos do mundo. Em recente estudos, o Ministério da Saúde vem chamando a atenção e recomendando às mulheres o adiamento da gravidez em virtude das novas cepas do novo coronavírus serem mais agressivos as gestantes e puérperas. Caso possível, a gravidez deve ser postergada para um melhor momento, quando a mulher possa ter uma gravidez tranquila, uma gestação e partos sem problemas. Este aviso, é semelhante a aquele dado na época da zika vírus, doença que provocava defeitos congênitos subsequentes, tipo microcefalia. Durante algum tempo, mais ou menos 2 anos, foi feito o pedido para que as mulheres não engravidassem naquele momento e depois tudo normalizou. Evidentemente, quanto se tratar de uma mulher mais madura, que quer engravidar, esta orientação fica prejudicada. Segundo o Ministério da Saúde, esta solicitação é para todas as mulheres, principalmente as mais jovens que podem adiar uma gravidez. No caso das grávidas, o ministério pede para não interromper o pré natal, mas não deixando de cumprir as orientações dadas pelos sanitaristas. Este assunto tem gerado algumas discussões porque muitos médicos entendem que a questão deva ser decidida entre o médico e a mulher, como diz o presidente da Febrasgo ( Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), o médico Agnaldo Lopes. Por outro lado, a falta de leito hospitalar, UTIs e a gravidade da doença, fez com que o ministério tomasse tal decisão. O ministério informou ainda que está mandando uma verba para os municípios, especificamente para proteção das gestantes e puérperas, para aquelas que não tem condições de fazer um isolamento domiciliar e distanciamento social e o reforço a equipes de atenção primária.-