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Dra, fui vítima de erro médico, quais são meus direitos? Como proceder?


Por: Drª Luana Vasconcelos Herradon
Data: 14/10/2024
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Erro médico é uma questão delicada e, infelizmente, muitas pessoas convivem com as consequências físicas e emocionais desse tipo de falha, por anos.

Essa situação ocorre quando um profissional da saúde, por negligência, imperícia ou imprudência, adota um procedimento que resulta em danos ao paciente, seja no diagnóstico, tratamento ou intervenção cirúrgica. O impacto pode ser devastador, causando não apenas sofrimento físico, mas também psicológico e financeiro. Mas saiba que, mesmo que o erro tenha acontecido há muito tempo, isso não significa que você não possa tomar medidas para buscar justiça.

O primeiro passo para entender se o seu caso pode ser levado adiante é a avaliação jurídica especializada. Existem diversas variáveis envolvidas, como o tipo de erro cometido, o grau de responsabilidade do profissional e os danos causados. A documentação relacionada, como prontuários médicos, laudos e exames, deverá ser minuciosamente analisada.

É importante também ter em mente o prazo para ingressar com uma ação judicial. No Brasil, o prazo para pleitear indenização por erro médico é de até três anos, contados a partir do momento em que o paciente teve ciência do dano e de sua causa. No entanto, isso não significa que, se o erro ocorreu há mais de três anos, o seu direito está completamente perdido. Em muitos casos, a descoberta do erro só ocorre muito tempo depois do procedimento ou da intervenção inicial, e é justamente a partir desse momento que o prazo começa a correr.

Além disso, quando a vítima se encontra em estado de vulnerabilidade, seja por não ter acesso a informação ou por ter ficado incapacitada em razão do erro, é possível argumentar a favor da flexibilização desse prazo. Portanto, ainda que tenha se passado algum tempo, é fundamental que você consulte um advogado especializado, pois o prazo pode variar dependendo das circunstâncias específicas do seu caso.

Outro aspecto importante é que, além da indenização financeira por danos morais, materiais e estéticos, o processo pode servir para prevenir que outros pacientes passem pelo mesmo sofrimento. Processar o profissional ou a instituição responsável também tem um caráter preventivo, pois a responsabilização serve como um alerta e um estímulo para que os padrões de cuidado sejam seguidos de maneira mais rigorosa.

Caso você tenha sofrido danos de um erro médico, procure ajuda o quanto antes. Com a documentação médica adequada e o suporte jurídico certo, é possível conseguir justiça e a reparação que você merece.

Drª Luana Vasconcelos Herradon


Anuncie com Jornal Noroeste
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