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Dezembro Vermelho: equalize, já! Vamos acabar com as desigualdades


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 08/12/2022
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Em dezembro, o último mês do ano, nos vestimos de vermelho, cor que remete a paixão, sangue e a vida. E dá nome a mais uma importante campanha o: Dezembro Vermelho, campanha esta que nos faz voltar nossos olhares para a conscientização e prevenção ao vírus HIV, além de nos sensibilizar contra o preconceito aos pacientes.

        Ora, Aids tem tratamento, preconceito não. Longe de ser uma peste gay, atualmente qualquer pessoa pode a vir a se contaminar, o vírus não escolhe sexo, cara ou raça. A expectativa de vida tem aumentado dia a dia, hoje é possível controlar a doença, como fazemos com a hipertensão arterial e a diabetes. Mas, o preconceito e a falta de informação, ainda reina nas mentes das pessoas.

        Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde no Brasil, 92% das pessoas em tratamento já atingiram o estágio de estarem indetectáveis, ou seja, estado em que a pessoa não transmite o vírus, e conseguem manter a qualidade de vida sem manifestar os sintomas da AIDS.

        Mas, para que isso aconteça é necessário se prevenir, testar e tratar.

        O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, 1° de dezembro, foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo em 1988. No Brasil, o Dezembro Vermelho foi instituída pela Lei nº 13.504/2017, como forma de gerar mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

        A data e a campanha têm como objetivo reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas com o HIV.

        A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), explica que “esta data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV, e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global”.

        O slogan deste ano proposto pelo Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) é “Equalize”, “um estímulo para que todos nós, trabalhemos pelas ações práticas comprovadas, necessárias para lidar com as desigualdades, e ajudar a acabar a Aids”, destaca a OPAS.

Você sabia que HIV e AIDS não são a mesma coisa? Ter o vírus não quer dizer que você tem Aids. Pois, HIV é o vírus que causa a Aids, a pessoa tem o vírus mas pode não apresentar nenhum sintoma, porém, ela pode transmitir para outra pessoa. E a Aids é quando a pessoa está num estágio avançado da doença, e apresenta os sintomas, com seu sistema imunológico enfraquecido, ela fica susceptível ao ataque de doenças oportunistas.

A melhor forma de prevenção é o uso correto da camisinha, que além de prevenir contra a AIDS, também previne contra outras Infecções Sexuais Transmissíveis e Hepatites.

        Você pode se transmitir, por fazer sexo vaginal, oral e anal sem camisinha, uso de seringa compartilhada, transfusão de sangue contaminado, da mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, instrumentos cortantes ou que furam não esterilizados.

        Você não pega, se usar corretamente a camisinha, masturbação a dois, beijo no rosto ou na boca, suor e lágrima, picadas de inseto, aperto de mão ou abraço, por sabonete, toalha ou lençóis, talheres e copos, ao se sentar em assentos de ônibus, piscinas, banheiro, doando sangue ou pelo ar.

        Você recebeu a notícia que tem HIV, não se desespere, não entre em pânico, ser portador do vírus não é uma sentença de morte, hoje graças aos avanços da medicina, a expectativa de vida é similar a aqueles que não tem o vírus, desde que você faça o tratamento adequado.

        HIV não tem cara, não tem cor, não tem gênero e nem idade. Quem previne, testa e trata, e assim não transmite. Proteja-se e viva com saúde. 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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