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Conscientização, Vacinação e Imunização


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 06/10/2020
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O título desta nova exposição de ideias, denota o sentido de um agir ou um fazer, a partir do sufixo “ação”, presente nos três termos relacionados. Obviamente, o tema a ser aqui exposto, se refere à pandemia da Covid-19, que persiste em nosso cenário nacional e também no mundial. Inicia-se então, a primeira reflexão quanto às “ações”. A conscientização por sua vez, que pretendo expor inicialmente, passa pela ação responsável e consciente quanto à nossa conduta em tempos de uma pandemia, que já demonstrou ser mais do que um mero resfriado.  Não posso falar com muita segurança a respeito de outros estados ou cidades, mas em meu Estado e mais especificamente na capital, onde resido desde nascido, atesto que em grande parte, meus concidadãos não estão agindo com consciência. Pode-se indicar por exemplo, o uso incorreto das máscaras. E o mais grave: o não uso destas por parte de pessoas que transitam pelas ruas. Aponto outro fato lamentável, decorrente do afrouxamento das medidas de contenção e pela insuficiência de fiscalização oficial: as irresponsáveis e insanas aglomerações em bares e praias, demonstrando uma falta de total consciência cidadã e de solidariedade, pois tamanha ação desmedida, expõe toda uma população à riscos desnecessários, no momento em que a nossa situação, permanece bastante delicada e inspirando cuidados. Ora! Indubitavelmente, torcemos muito pelo surgimento de uma vacina que possa nos libertar de vez do Corona. Mas a ação de se vacinar, deve ser também consciente e esclarecida, segundo padrões científicos. Não pode ser pautada pela negação, desconfiança ou ideologias, evitando o agir em se vacinar. Ao mesmo tempo, não podemos nos deixar levar, pela sensação de que a vacina funcionará como um remédio comum, que alguém toma uma certa dose numa segunda e na sexta-feira, já acredita que venha a se sentir melhor. Neste ponto, entra em cena a imunização, que partindo do ato de vacinar-se, desenvolve-se em um processo com tempo mais longo, para criação da proteção eficaz contra o vírus. Deve-se ter em consciência que a vacina não atua de modo semelhante a uma poção mágica.  Contudo, enquanto não nos vacinamos ou imunizamos, a partir da presença de uma vacina, seria muito importante se recebêssemos uma vacinação de conscientização, para nos imunizarmos contra a irresponsabilidade, a indiferença e ao desrespeito para com o cuidado da saúde e da vida do corpo social, visando um agir de acordo com as indicações para controle da pandemia. Enfim, uma vacinação tanto de cidadania quanto de civilidade.

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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