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A morte do outro e as violências quotidianas


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 25/08/2025
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Caras leitoras e leitores, quando estou escrevendo neste momento, mais esta nova matéria, está acontecendo no quotidiano da cidade onde moro, o Rio de Janeiro, a morte de uma outra pessoa que não sou eu. Tem-se assim, mais uma vítima das violências do dia a dia.

Quando coloco o plural de violência, quero fazer menção a duas formas de morte violenta do outro: a física e a social. A morte do outro física ocorre pela violência que ceifa a vida de alguém, morto em tiroteios, assaltos e operações policiais contra o crime em comunidades. São “outros” que se tornam reconhecidos e conhecidos, apenas como um dado estatístico, próprio da violência física que mata este outro.

Quanto a violência social, eu a interpreto também como um modo de violência, mas esta é silenciosa, porém não menos mortal: são os corpos dos outros que vivem nas ruas, deitados nas calçadas, amontoados embaixo de viadutos, não sendo vistos como outros humanos, mas sim como “coisas descartáveis.” Corpos sujos e maltrapilhos. Mortos socialmente, sendo colocados como as “alteridades excluídas.”

Seja como for, as violências, tanto física quanto social, apresentam pontos em comum: matam os corpos e os espíritos. Excluem os indivíduos do direito de continuarem vivos. São vítimas de violências quotidianas muito persistentes.

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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