As mulheres brasileiras e as olimpíadas

Quando escrevo este novo texto, para mais uma exposição de ideias, mais as Olimpíadas de 2024, estão chegando ao fim. Gostaria de trazer para esta exposição, um fator muito importante, que se fez muito presente nas disputas e conquistas de medalhas: a participação das mulheres enquanto grandes protagonistas das disputas e vitórias, especialmente no que se refere à participação do Brasil.

Presenciamos a participação feminina de modo muito intenso e marcante, apresentando um grande protagonismo em diferentes modalidades. Destaco inicialmente, a nossa ginasta Rebeca Andrade, cuja foto sendo reverenciada pelas atletas norte-americanas, durante a cerimônia de entrega das medalhas, onde a ginasta nacional, foi vencedora da medalha de ouro, reflete muito deste respeito e importância ao protagonismo das mulheres brasileiras nestas olimpíadas, enquanto obtendo conquistas importantes, em um terreno ainda marcado pela figura masculina.

O judô, na modalidade feminina, teve também outra mulher brasileira, a judoca Bia Souza, ampliando a inclusão das mulheres nas conquistas de medalhas, no caso também dourada, para o nosso país. Também podemos destacar a equipe feminina do vôlei de quadra, que realizou uma grande competição, conseguindo alcançar a medalha de bronze, com muito orgulho, seriedade e personalidade. Tivemos o futebol feminino, iniciando de forma muito complicada sua participação nas Olimpíadas e que recuperou-se de modo vigoroso e brilhante nas fases decisivas, conseguindo medalhar com a prata, em uma final disputada contra os EUA.

Indubitavelmente, a dupla de vôlei de praia feminina brasileira, Ana Patrícia e Duda, impuseram-se de maneira altiva e vibrante ao longo de toda a competição, condição que inquestionavelmente, as tornaram merecedoras da medalha dourada conquistada, intensificando o brilhantismo das mulheres brasileiras na disputa olímpica. Assim sendo, penso que tal situação, deve ser observada e refletida com seriedade e intensidade, com relação a este protagonismo feminino nas Olimpíadas de 2024, especialmente quando nos remetemos ao âmbito nacional, visando-se promover e incentivar mais intensamente a inclusão das mulheres na condição de protagonismo do nosso esporte, em todas as modalidades e competições, rompendo em definitivo com um tipo de paradigma machista nacional, ainda imperante em nossa cultura esportiva e social. Afinal, pela primeira vez em jogos Olímpicos, o Brasil não teve nenhum atleta masculino no topo do pódio. Destaque-se também que das medalhas conquistadas pelo nosso país, a maior parte vieram das atletas mulheres. Termino então com a declaração de Isaquias Queiroz: “As mulheres estão, de fato, carregando a delegação verde e amarela nas costas”.