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Vida cotidiana nas estradas


Por: Jorge Antonio Salem
Data: 04/07/2024
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Hoje quero falar sobre uma situação que envolve todos nós. Uns diretamente e outros de forma mais discreta.

Levamos nossa vida tão no automático que nem refletimos sobre a vida de muitos brasileiros. Falamos daqueles que estão diariamente em nossas estradas. Alguns deles representando algum setor de produção, mas outros tantos que estão diretamente lidados ao transporte de mercadorias. É um vem e vai de carros, motos e caminhões e ônibus nas estradas brasileiras.

Para esse serviço, não encontramos somente homens, mas também mulheres que estão nessas atividades.

Eu estou circulando pelas estradas paranaenses a quase 29 anos e já vi de tudo. Desde estradas ruins até mesmo de motoristas que não deveriam estar em nossas estradas. Um caso que aconteceu a mais de 10 anos, onde um veículo utilitário de um órgão do estadual que estava circulando perto de Nova Esperança, onde fazia “zig-zag” na pista, indo de um lado ao outro. Passei por ele e vi que parou no acostamento.  Desci do carro e fui até o veículo para perguntar ao motorista se estava bem. Foi aí que percebi imediatamente que esse estava embriagado. Ele fechou o vidro e saiu novamente na estrada. Saí rapidamente e passando por ele, encontrei logo a frente um policial rodoviário que alegou não poder  abordar o motorista e disse que iria passar a informação para o posto policial em Paranavaí. Segui e fui até o posto policial rodoviário, onde relatei o fato. Retornando para Nova Esperança, percebi que veículo entrou em um distrito e parou perto de um bar. Voltei novamente ao posto policial, que agora saiu para abordar o motorista. Mas, não a tempo, pois ele havia colidido de frente com outro veículo. Por sorte, estavam os dois em baixa velocidade e os ferimentos foram leves. Pensava naquele momento se o fato tivesse ocorrido na rodovia, onde naquela época não era duplicada e com certeza a velocidade dos dois veículos seriam bem maiores.

Esse foi apenas um fato que relatei, mas muitos outros sabemos que ocorrem diariamente em nossas rodovias.

Voltando a esses heróis das estradas que movimentam o Brasil. Muitos são aqueles que saem diariamente de seus lares, deixando familiares em casa e vão em busca do sustento. São viajantes que vendem mercadorias em mercados, farmácias, lojas de roupas, sapatos entre outros. Esses muitas vezes não têm o produto a pronta entrega, mas fazem essa ponte entre as indústrias e distribuidoras até os comércios locais, para que posteriormente outros profissionais levem essas cargas aos comércios.

Esses outros profissionais, são os motoristas de caminhões. Temos desde pequenos caminhões até aqueles grandes. Veículos que levam cargas perecíveis, perigosas, de alto custo, combustíveis, ou mesmo aquelas cargas normais.

Outro veículo que diariamente circulam pelas estradas, são o de transporte de pessoas. Em vans ou ônibus de transporte local, regional e interestadual. Levam pessoas para trabalho, estudo e/ou lazer.

A vida cotidiana em nossas estradas é muito agitada. Cada dia que passa temos que cuidar mais. Muitos veículos mesmo em estradas de porte médio ou pequeno. Também nas estradas duplicadas. Por causa desse fenômeno de muitos veículos nas estradas, pela situação de baixa conservação do pavimento e imprudência de muitos, vemos cada vez mais acidentes graves, que interferem em nossa vida. Sim, pois muitos desses vão para hospitais públicos, mantidos pelos impostos que pagamos. Além disso, como relatei anteriormente, naquele acidente poderia ser um de nós ou de nossos familiares envolvido no acidente.

Lembro logo no início de minhas atividades nas estradas paranaense, que a maioria dessas rodovias não eram duplicadas e muitas vezes sem a terceira faixa.

 Nesse dia 01 de julho (segunda-feira), me deparei com outra situação que vejo cada vez mais frequente. Em uma estrada vicinal de nossa região, três gigantescas máquinas colheitadeira circulando normalmente no asfalto. A parte da frente que colhe os grãos, eram tão grandes que tomava a pista de um lado ao outro. Nesse momento, eu e diversos outros veículos pequenos, tivemos que nos espremer entre o asfalto e a canaleta de água da pista, para esperar as máquinas passarem. Mais um perigo e desrespeito da legislação de trânsito. Essa não foi a primeira vez que me deparei com essa situação.

Em todos os lugares, cuidar sempre de nós e dos outros.


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