Projeto "Agrofloresta na Escola", desenvolvido por alunos do distrito de Nova Esperança, foi escolhido entre os melhores do estado e será apresentado entre os dias de 26 a 29 de agosto em Foz do Iguaçu.

O distrito de Barão de Lucena, em Nova Esperança, ganhará projeção estadual ao ser representado na IV edição da FENAAH/S — Feira Científica do Núcleo de Altas Habilidades/Superdotação — com um projeto inovador que alia sustentabilidade, protagonismo estudantil e educação ambiental. O evento será realizado de 26 a 29 de agosto de 2025, em Foz do Iguaçu.

Com o título “Agrofloresta na Escola: Cultivando Sustentabilidade, Semeando Conhecimento Ecológico para o Futuro”, o trabalho foi idealizado pelo estudante Matheus Marcelo Boregio, integrante do Clube de Ciências da escola local, sob a orientação do professor Gilvan Andrade dos Santos. A iniciativa foi uma das 250 selecionadas entre os 704 projetos inscritos de todo o estado do Paraná.

O projeto nasceu a partir de uma análise crítica da realidade enfrentada por pequenos produtores rurais da região, que lidam com as dificuldades impostas pela monocultura, os altos custos de produção e a pressão por produtividade. Como resposta, os alunos propuseram a implantação de um Sistema Agroflorestal (SAF) no ambiente escolar, unindo diversidade agrícola, consciência ecológica e práticas sustentáveis.

Formado por dez alunos — sete deles meninas —, o Clube de Ciências aposta em uma abordagem que ultrapassa os limites da prática agrícola. O projeto promove aprendizado interdisciplinar, engajamento comunitário e valorização da participação feminina em um setor tradicionalmente dominado por homens. Além disso, proporciona inclusão e integração de estudantes com necessidades específicas.

Entre os objetivos da proposta estão o estudo da produtividade e diversidade dos cultivos agroflorestais, e a viabilidade do cultivo da amoreira, espécie de interesse local, que pode representar uma alternativa econômica para a comunidade.

A participação de Barão de Lucena na FENAAH/S representa uma conquista importante para a educação do município e reforça o potencial transformador da ciência quando aliada ao território, à escola e à coletividade. Os projetos de maior destaque durante a feira receberão medalhas, certificados e poderão ser credenciados para feiras científicas de abrangência nacional.

O projeto da agrofloresta escolar é uma prova concreta de que, mesmo em contextos desafiadores, a união entre conhecimento, sensibilidade ambiental e ação coletiva pode gerar frutos duradouros e inspiradores.