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Sobrenatural: A Porta Vermelha


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 06/07/2023
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Já faz um tempo que eu não tenho comentado por aqui sobre filmes de terror e eu sei bem o quanto os fãs desse gênero estão ávidos por novidades. Não à toa, por vezes os lançamentos do gênero se encontram bem aquém das expectativas, mas, vez ou outra, um sucesso se sobressai arrebatando a atenção dos fãs. Foi assim em 2010 com o lançamento do primeiro filme da franquia Sobrenatural, dirigido por James Wan, agora essa franquia lança seu quinto filme com a pretensão de tirar os fãs de terror de casa nesse início de férias de inverno. O que vale a pena saber sobre Sobrenatural: A Porta Vermelha estará em destaque na Coluna dessa semana.

Antes de falar sobre Sobrenatural: A Porta Vermelha em si, convém considerar alguns pontos importantes sobre a franquia Sobrenatural. Essa franquia passou a ser conhecida por oferecer uma experiência aterrorizante aos fãs de horror. Composta por vários filmes, a série segue a história da família Lambert e suas conexões com o mundo dos espíritos e do sobrenatural.

Uma das principais qualidades dessa franquia é a habilidade de criar um clima de suspense e tensão, mantendo os espectadores no limite. Os filmes geralmente apresentam uma combinação eficaz de jumpscares bem cronometrados e uma atmosfera sinistra, que contribui para a sensação de medo ao longo da história.

Além disso, a franquia Sobrenatural também explora conceitos interessantes relacionados ao mundo espiritual, como projeção astral, possessão e comunicação com os mortos. Esses elementos adicionam camadas de complexidade às tramas e aumentam o interesse dos espectadores, que ficam curiosos para descobrir mais sobre esse universo sobrenatural.

No entanto, é importante destacar que, como em qualquer franquia de longa duração atualmente no cinema temos muitas, nem todos os filmes atingem o mesmo nível de qualidade. Alguns foram claramente mais fracos em comparação com os outros, apresentando tramas menos envolventes ou clichês bem comuns para o gênero. Mesmo assim, a franquia como um todo continua atraindo uma base de fãs dedicada, que valoriza a atmosfera assustadora e as reviravoltas emocionantes que os filmes oferecem.

De maneira geral, a franquia Sobrenatural tem sido uma contribuição significativa para o gênero de horror, proporcionando aos fãs momentos aterrorizantes e explorando o mundo do sobrenatural de maneiras interessantes e eficazes. Além disso, é louvável o fato da série ter conseguido criar um universo intrigante e assustador para um gênero tantas vezes subestimado como o terror.

Esse quinto filme que acabou de estrear tem como diretor o próprio Patrick Wilson, com roteiro de Scott Teems. Se você vem acompanhando as tramas de Sobrenatural ao longo dos últimos anos deve ter percebido que a história da família Lambert foi encerrada no segundo filme. Entretanto Sobrenatural: A Porta Vermelha traz de volta esses personagens, agora em eventos que acontecem décadas após o ocorrido dos dois primeiros filmes.

Interessante considerar que mesmo que Patrick Wilson seja um estreante na arte de dirigir, ele não é inexperiente no gênero. Como bom ator que é, ele se tornou uma referência no quesito atuação em filmes de terror, bem por isso, tem todo aparato necessário para encabeçar um projeto como esse. Sua forma de dirigir é muito versátil e dá um tom digno a essa continuidade da franquia, mas como estreante, é perceptível que ainda lhe falta um toque de originalidade na forma de trabalhar. Bem por isso, mesmo que ele mantenha em cena toda a estética e todo aquele clima sombrio e tenso, tão comuns da franquia herança da época de James Wan, a impressão que se tem é que ainda falta algo, pois ele não consegue ir além do que já foi feito ao longo dos últimos filmes da saga.

É difícil ver um novo capítulo de uma franquia, sem compará-lo com o que já foi apresentado até então. Por isso, o roteiro segue o mesmo rumo da crítica feita à direção desse novo filme. Os fãs já estavam bem acostumados com o estilo de trama construída por Leigh Whannell, entretanto, por mais que a história do quinto filme pertença a ele, o roteiro de Soctt Teems, mesmo sendo muito eficaz, também carece de um toque pessoal de originalidade. Isso porque ele também repete muito do que já se viu ao longo dos anos nessa franquia. De qualquer forma, essas situações pesam sobre os profissionais e não necessariamente sobre a obra em si.

Já o elenco, traz o diretor Patrick Wilson de volta como protagonista em Sobrenatural. Além dele, Rose Byrne, Andrew Astor e Ty Simpkins também compõem o elenco. Todos muito confortáveis ao interpretarem personagens com os quais já estão familiarizados. A atuação competente de cada um tem um ar de nostalgia, de volta ao passado e isso já garante logo de cara a empatia do público. Vamos à trama!

Com o passar do tempo a família Lambert parece ter deixado no passado os eventos terríveis que enfrentaram, encarando a vida cada um à sua maneira e em busca da maior normalidade possível. Tudo muda quando o jovem Dalton passa a ser atormentado pelo mal que tentou levá-lo quanto ele estava em coma na infância. Mais uma vez, a família Lambert deverá encarar o mal, buscando se desvencilhar dos horrores de agora e do passado.

Por que ver esse filme? Esse não é o melhor filme da franquia, mas também não pode ser classificado como o pior. É uma obra honesta, entrega aquilo que se propôs a apresentar. Os sustos são praticamente todos muito bem executados ao longo do filme e muito do que deu certo nos filmes anteriores está de volta. De certa forma, Sobrenatural: A Porta Vermelha pode até ser considerado um filme desnecessário, já que ressuscita uma história muito bem encerrada, mas do ponto de vista comercial, é uma boa maneira de manter a franquia ativa enquanto os estúdios exploram o desejo ávido dos fãs por um pouco mais de medo, tensão e sustos. Boa sessão!

Assista ao trailer: 

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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