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Sétima Arte


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 30/04/2020
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Os cinemas continuam fechados e os serviços de streaming estão aproveitando da melhor forma possível esse lockdown de seu principal concorrente. Dessa forma, cada vez mais filmes ou séries interessantes estão estreando nas várias plataformas de streaming. Como no Brasil a mais popular dessas plataformas é a poderosa Netflix, para esse fim de semana prolongado a Coluna Sétima Arte vai comentar sobre um filme de ação que ela acabou de lançar e que, se houvesse estreado no cinema, teria sido um verdadeiro blockbuster. Essa semana você vai ficar muito bem informado sobre Resgate.

Com esse filme, a Netflix, sem dúvida alguma, sobe um degrau a mais rumo ao topo das produções mais adoradas pelo público, os filmes de ação. Extremamente populares, eles movimentam de maneira espetacular o mundo do entretenimento cinematográfico e levam multidões ao cinema. Ciente disso, a Netflix, que até então havia ganhado notoriedade por produzir com qualidade filmes com uma pegada mais cult e recheados de drama, agora também abre espaço nesse gênero entre seus filmes originais.

Resgate tem todos os elementos que um bom filme de ação deve ter e mais, foge dos clichês do gênero entregando uma história simples, mas coerente e sequências de ação de tirar o fôlego. Dois elementos tornam Resgate um filme acima da média: o roteiro e a direção.

Vamos começar falando sobre o roteiro, ele foi escrito por ninguém menos do que Joe Russo que, juntamente com o irmão, dirigiram Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, só isso já seria o suficiente para saber que o roteiro teria qualidade, mas ele vai além. Joe Russo, pega uma premissa já batida de Hollywood e a conta de uma forma simples, mas tão coerente que é capaz de manter o público atento o tempo todo ao que vai acontecer. Um trunfo, já que o grande problema de filmes de ação é sempre a má qualidade do roteiro que subestima a inteligência do público, algo que certamente esse filme não faz.

Sobre a direção, a Netflix resolveu se inspirar num outro grande sucesso do gênero para escolher o homem que levaria seu filme a cabo. A franquia John Wick se tornou recentemente um sucesso, porque a forma como o filme foi dirigido revolucionou o gênero e o responsável por isso foi um ex-dublê de filmes de ação. Copiando claramente esse princípio a direção de Resgate foi entregue nas mãos competentes de Sam Hargreave. Ele, antes de dirigir esse filme havia sido dublê do Capitão América e posteriormente coordenador de dublês da própria Marvel, ou seja, o homem entende de verdade de filme de ação. Bem por isso, ele cria cenas intensas de tirar o fôlego, mostrando ação real com o mínimo de inserção digital ou edição.

Tanto isso é verdade que Resgate surpreende a todos com a simulação de um plano-sequência de quase 12 minutos, com muita luta e muita perseguição numa grande variação de cenários. Os cortes são praticamente cirúrgicos, por isso você nem os percebe, com isso ele foca todo o destaque nos atores e seus dublês, responsáveis por fazer a pancadaria acontecer.

Falando em atores, quem está muito à vontade no filme é Chris Hemsworth, o Thor da franquia Vingadores (acredito que agora você acabou de perceber que a Netflix praticamente terceirizou seu grande lançamento de ação para a Marvel – risos – isso é uma brincadeira), que se distanciou muito bem desse que é seu personagem mais famoso para encarnar um protagonista muito mais parecido com aqueles interpretados anteriormente por Liam Neeson, Keanu Reeves ou mesmo Steven Seagal.

Vamos à trama! Baseada na HQ Ciudad, escrita pelo próprio Joe Russo em parceria com Andre Parks, apresenta Tyler Rake, um agente especial que recebe a difícil missão de libertar um garoto indiano que está mantido como refém na cidade de Dhaka. Apesar de estar preparado fisicamente, ele precisa lidar com crises de identidade e com seu emocional fragilizado por problemas do passado para que consiga designar sua tarefa da melhor maneira possível.

Por que ver esse filme? Porque ele é o que há de melhor nesse gênero, recheado de sequências de ação extremamente bem dirigidas e ensaiadas. Se você gosta de muita ação e muita luta, não pode perder esse filme. Uma dica, fique atento à cena desenvolvida em cima da ponte, ela é de encher os olhos e utilizou ao todo 56 dublês para que pudesse ser finalizada. Ao final, você vai se questionar por que esse filme não estreou numa tela grande de cinema. Ainda bem, pois assim você pode ver no conforto de casa. Aproveite o filme e boa sessão!

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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