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Dia Mundial da Menopausa: menopausa não é doença, mas exige cuidados


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 17/10/2024
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Hoje, dia 18 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Menopausa. Esta importante data é celebrada anualmente, e foi definida pela Sociedade Internacional de Menopausa (International Menopause Society - IMS) em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a menopausa e as opções de apoio disponíveis para melhorar a saúde e o bem-estar.

         O tema escolhido para este ano pela @internationalmenopausesociety (IMS) é Terapia Hormonal na Menopausa.

         Dados do IBGE em 2022, apontam que a expectativa de vida da população masculina chegou a 72,2 anos e da população feminina atingiu a 79,3 anos. Ou seja, a mulher vive em média 1/3 da sua vida no período pós menopausa. Portanto, é de extrema importância que essa época seja vivida plenamente.

         A menopausa é um acontecimento normal e natural. Ela é definida como a última menstruação geralmente confirmada após doze meses consecutivos sem a ocorrência de um período menstrual. Assim a mulher perde a capacidade de engravidar. Ocorre, em média por volta dos 45 e 51 anos.

É quando há um funcionamento reduzido dos ovários, eles deixam de produzir alguns hormônios. Algumas mulheres sentem vários sintomas, outras nem tanto e outras nem percebem. É um momento de mudanças, cujos os sintomas variam de pessoa a pessoa, e podem impactar negativamente a qualidade de vida da mulher.

Esses desequilíbrios hormonais podem trazer incômodos físicos e emocionais, tais como: fogachos (calores); despertares noturnos; insônia; irritabilidade; dor à relação sexual (penetração); secura vaginal; palpitações; dor nas juntas; dores musculares; tontura; zumbido; cefaleia; alterações na diabetes; distúrbios na tireóide, hipertensão arterial, osteoporose, aumento no risco de doença cardíaca e até alguns tipos de cânceres, entre outros.

Em especial as ondas de calor (fogachos), são um dos sintomas mais típicos da menopausa. Resultam de alterações no centro de regulação da temperatura corporal e acontecem predominantemente à noite, interferindo na qualidade de sono, podem ocorrer durante o dia também, gerando constrangimento e ansiedade.

Quando os suores noturnos e fogachos são muito intensos podem ser um forte indicativo para doenças cardíacas, como o infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame), por isso, a mulher deve procurar seu ginecologista, e relatar todos os sintomas por ela sentidos, ele irá intervir e orientar a mulher e se preciso for indicar reposição hormonal.

Cerca de 70% das mulheres apresentam sintomas. A terapia de reposição hormonal tem a vantagem de aliviar os sintomas (fogachos), psíquicos (depressão, irritabilidade) e os relacionados com os órgãos genitais (secura vaginal, incontinência urinária) nessa fase. Além de promover uma proteção contra a osteoporose, auxiliando a mulher a ter uma melhor qualidade de vida. Agora, a reposição deve ser prescrita por um médico de sua confiança, a automedicação pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, trombose, cânceres, distúrbios hepáticos e sangramentos vaginais.

Nesta fase investir em adotar um estilo de vida saudável é importantíssimo, portanto, não fume; modere na ingestão de álcool; pratique atividades físicas regulares, além de ser importante para o bem-estar físico, é fundamental para o controle da pressão arterial, prevenir osteoporose e doenças cardiovasculares e atenua as alterações de humor; tenha uma alimentação saudável; mantenha um peso saudável, evite o ganho de peso; durma o suficiente.

Você sabia que pesquisas demonstram que adotar um estilo de vida saudável pode aumentar a esperança de vida em mais de 14 anos?

E lembre-se que mesmo depois da menopausa é preciso continuar a fazer acompanhamento ginecológico com regularidade.

Menopausa não é doença, mas, exige cuidados. Nesta nova fase viva intensamente, este pode ser um momento de redescoberta e de recomeços.

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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