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Timidez ou mutismo seletivo?


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 03/12/2019
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Ser tímido não é nenhum problema, uma criança tímida tem um pouco de dificuldade em se relacionar e se expressar no meio social, mas não tem prejuízos significativos no seu desenvolvimento. Agora quando a criança apresenta uma dificuldade muito grande em se relacionar e se expressar no meio social, se comunicando somente com pessoas do seu convívio diário e se calando totalmente fora deste contexto é necessária uma atenção maior, pois essa criança pode apresentar um transtorno chamado mutismo seletivo. 

Esse transtorno afeta geralmente crianças entre 3 e 6 anos, de ambos os sexos, sendo mais frequente em meninas. Geralmente é identificada a partir da inserção no âmbito escolar e pode durar até a fase adulta se não for tratada da forma correta. Muitas vezes o mutismo seletivo pode afetar não somente a fala, mas também a capacidade motora da criança diante da tensão de ter que se comunicar.

Algumas características da criança com transtorno:

-Se comunica bem no âmbito familiar ou com um dos familiares, mas não consegue se comunicar com outras pessoas;

-Não consegue se comunicar de forma alguma no meio social;

-Diante de situações de convívio social se mostra muito ansiosa e tensa;

-Tem muito medo de falar e ser ouvida;

-Pode mudar de comportamento, até mesmo com os pais, quando está no meio social, se calando, com medo de ser ouvida por outras pessoas;

-Deseja falar, mas não consegue.

Para identificação do quadro o comportamento deve permanecer por um período. Na inclusão escolar as crianças tímidas tendem a ter dificuldade nos primeiros meses e depois conseguem se relacionar de forma mais tranquila, no caso do mutismo seletivo a criança não consegue estabelecer o vínculo, pois dificilmente se comunica, o que pode fazer como que as outras crianças se afastem. Muitas vezes a criança pode se recusar a ir à escola. 

Importante lembrar que a criança com o transtorno passa por muito sofrimento, pois existe a presença de uma ansiedade muito forte e angustia excessiva. O tratamento deve ser feito com muito acolhimento, tanto da família como da escola, com auxílio do psicólogo e, se necessário, do psiquiatra.

 

Luiza Graziela Santos Dias


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