A generic square placeholder image with rounded corners in a figure.


Uivos dos Cães de Guerra no Mercosul


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 11/12/2023
  • Compartilhar:

Caríssimos(as) companheiros(as) de reflexão e debate! Para iniciar esta nova troca de ideias, destaco uma rápida explicação a respeito do significado do termo “Cães de Guerra”: Refere-se a cães treinados especialmente para o emprego militar. Neste aspecto, quando fazemos referência a esta noção, simbolicamente destacamos a ameaça de implantação de um estado de guerra. Os uivos, são as ameaças. Também o são, os discursos que contém sentimentos e intenções beligerantes. Os cães de guerra, inicialmente uivam e quando definitivamente soltos, mordem e estraçalham, causando morte e destruição.

Temos exemplos bem atuais: a guerra entre Rússia e Ucrânia que já caminha para dois anos, ceifando muitas vidas. Lembramos que os cães foram soltos mais recentemente no Oriente médio. Temos no momento, o conflito entre Israel e Hamas. Nestes exemplos concretos, os cães de guerra não estão mais uivando, mas sim mordendo e dilacerando vidas com suas presas furiosas e ensanguentadas.

Nessas últimas semanas, temos ouvido os uivos dos cães de guerra em nossas portas. Exatamente aqui, na região do Mercosul. Os uivos se iniciaram na Venezuela e Guianas. Outros uivos já ecoam de outras partes, mas voltadas para cá. Para a terra do Mercosul. Homens uivando e rosnando de modo ameaçador. Raivosos por terras. Já ameaçando morder. Famintos por lucro econômico e político.

Devemos ter todo o respeito aos cães. Mas a imagem dos cães de guerra, ilustra de forma crua e aberta, os interesses inescrupulosos de homens que como cães raivosos, rosnam e uivam ameaçadoramente. Que com fome animal insana humana, desejam lucrar com a guerra. Algo próprio de uma atualidade, onde se alimenta de modo feroz, a ganância canina humana. Alimenta-se a busca por poder e riqueza, colocando-se o guerrear como uma prática lucrativa, para se saciar a vontade animal humana, pelo poder e lucro.

Ao atacarem e morderem, os cães humanos de guerra, não levam em conta as vidas perdidas, as famílias destroçadas e as comunidades inteiras destruídas e massacradas pela ferocidade animal da guerra. Penso que na terra do Mercosul, deve-se buscar amordaçar o quanto antes, os cães de guerra que estão somente uivando, para assim evitarmos mais carnificinas caninas, agora nas terras do hemisfério Sul.

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


Anuncie com Jornal Noroeste
A caption for the above image.


Veja Também


smartphone

Acesse o melhor conteúdo jornalístico da região através do seu dispositivos, tablets, celulares e televisores.