Natal e o consumismo
Para iniciar mais esta nova exposição de ideias, agradeço à todas e todos os companheiros e companheiras de reflexão e debate, pela paciência, boa vontade e gentileza, por me acompanharem em mais este ano. Assim, aproveito e desejo um feliz Natal e próspero 2024.
Por falar especificamente do Natal, temos como costume e tradição, representa-lo enquanto uma época marcada pela confraternização, solidariedade, compaixão e fraternidade, quando buscamos colocar os valores espirituais e sentimentais, acima dos bens materiais.
Entretanto, ao analisarmos a prática referente ao cotidiano natalino, constatamos que o consumismo se apresenta de modo cada vez mais comum e intenso, onde inclusive esquece-se do verdadeiro sentido da época natalina. Neste aspecto, até mesmo o sentimento religioso e sua principal expressão, ou seja, o nascimento de Jesus, torna-se secundário, frente ao ofertório de coisas a serem compradas e consumidas, para se tornarem presentes e lembranças natalinas.
O Natal, tornou-se um período quando somos direcionados de forma quase automática para o consumo, comprando até compulsivamente, como se fosse apenas o fim de “consumir, para presentear e ser presenteado(a)”. Obviamente, os shoppings e as lojas, necessitam ter seus lucros e faturamentos. Também, não se está negando o prazer em presentear e ser presenteado(a), porém penso que devemos observar e praticar mais, o verdadeiro sentido natalino, localizado nas ações e relações entre nós de maneira mais humanizada, algo que em realidade deveria ser comum em todas as épocas de nossa existência.
Penso então que o que denominamos como “espírito natalino”, não pode se limitar as lojas e shoppings, mas ampliar-se com as atitudes e sentimentos de gratidão, partilha, perdão, caridade e comunhão, uns com os outros, sem resumir tudo ao “amigo oculto” ou ao “Papaia Noel” que trará os presentes na noite de Natal.