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Os Perigos do Narguilé


Por: Emerson Branco
Data: 01/03/2019
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Popular na cultura indiana, árabe e turca, o uso do narguilé tem se tornado cada vez mais frequente no Brasil, principalmente entre os adolescentes e jovens. O narguilé é composto por um fornilho, um recipiente para água perfumada e uma mangueira com piteira. O tabaco é queimado no fornilho e a fumaça gerada passa pelo recipiente com água, sendo aspirada pelo fumante pela mangueira. Devido a existência de inúmeras essências o narguilé tem aromas variados, sendo os mais comuns: coco, pêssego, maçã verde e flores.

 Segundo um estudo realizado pela Profª Me. Idalina Diair Regla Carolino, da Universidade Estadual de Maringá, a fumaça do narguilé passa pela boca, afetando lábios, línguas e dentes, segue para a faringe chegando ao aparelho respiratório. De acordo com esse estudo, o fumante pode desenvolver câncer em todos esses pontos, além de doenças na gengiva que podem levar a perda de dentes.

 O estudo ainda ressalta que a nicotina, presente no narguilé, além de causar os problemas citados, pode desencadear outras doenças como: queda de cabelo, irritação nasal, câncer de mama, doença coronariana, problemas respiratórios, câncer no pulmão, abortos, impotência sexual nos homens, envelhecimento precoce, entre outras.  

 Para o Instituto Nacional de Câncer (INCA), apesar do sucesso das políticas de saúde pública na redução do consumo do cigarro em muitos países, o uso de narguilé aumentou significativamente nos últimos anos, sobretudo por falta de políticas específicas na regulação do controle de tabaco proveniente de narguilé, de forma que as políticas existentes, em sua maioria, visam o cigarro.

 Embora a Lei nº 12.546/2011 determinar que “é proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, privado ou público”, é muito comum o uso de narguilé por adolescentes e jovens, como uma atividade lazer, compartilhado entre amigos em lanchonetes, bares, praças e até mesmo em suas residências com suas famílias.

 Nesse contexto, muitos municípios brasileiros têm colocado em pauta a discussão sobre o uso do narguilé e seus efeitos, o que tem resultado na aprovação de leis que, em geral, reforçam a proibição de seu uso em locais públicos e sua venda para menores de 18 anos.  

 É importante destacar que muitas pessoas ainda consideram, erroneamente, o uso do narguilé como uma prática inofensiva, o que coopera para a sua expansão. Segundo o INCA, 1 h fumando narguilé equivale ao consumo de 100 cigarros, sendo, desse modo, muito pior que o cigarro.

 Portanto, investir em ações que conscientizem as pessoas sobre os perigos do uso do narguilé, assim como do cigarro, é fundamental para se preservar a saúde pública. Entretanto, essa conscientização deve abranger, não apenas as crianças, jovens e adolescentes, mas também seus pais/responsáveis, bem como os comerciantes, para que obedeçam a lei que proíbe a venda desses produtos para menores. Nesse sentido, a fiscalização pelos órgãos competentes também é importante, na tentativa de evitar que esse mal se alastre ainda mais, comprometendo o desenvolvimento saudável de nossas crianças, adolescentes e jovens.

Emerson Branco


Anuncie com Jornal Noroeste
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