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A Importância da Rede de Proteção às Crianças, Adolescentes e Jovens


Por: Emerson Branco
Data: 15/02/2019
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Vivemos em uma sociedade com realidades cada vez mais complexas. Os avanços tecnológicos, as mudanças no setor produtivo, a necessidade crescente de estudos e aperfeiçoamentos, as longas jornadas de trabalho, entre outros fatores, conduzem as pessoas a terem cada vez menos tempo para se dedicarem às suas famílias. Nesse contexto, encontram-se as crianças, jovens e adolescentes que nem sempre recebem a devida atenção dos pais/responsáveis. 

Partindo desse princípio, é lícito afirmar que uma parcela significativa dessas crianças, adolescentes e jovens encontra-se em situação de risco, muitas vezes, suscetíveis às ações que envolvem a drogadição, abuso/exploração sexual, maus-tratos, abandono, entre outros. Nesse sentido, a Escola, o Ministério Público, o Poder Judiciário, o Conselho Tutelar e a Assistência Social são algumas das instituições que ganham grande importância, tanto no que diz respeito ao acolhimento das vítimas dessas ações prejudiciais, quanto na prevenção das mesmas, assegurando um desenvolvimento físico, psíquico e emocional saudável.  

Vale lembrar que a Constituição Federal de 1988 afirma que:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Nesse ínterim, as instituições acima citadas apresentam um papel fundamental para garantir esses direitos, contudo, para que desempenhem um trabalho mais abrangente é preciso que trabalhem em conjunto, no que se denomina Rede de Proteção às Crianças, Adolescentes e Jovens. 

Bordignon (2009), em sua obra “Gestão da educação no município: sistema, conselho e plano”, afirma que a lógica das redes fornece os princípios fundamentais para a criação de vínculos sistêmicos. Para o autor, a organização dos sistemas em rede estabelece a interdependência e articulação entre eles, formando um todo maior, sem, entretanto, interferir na autonomia de cada um.

Nessa perspectiva, no Munícipio de Nova Esperança, há um trabalho em Rede que vem se fortalecendo, especialmente nos últimos dois anos. Dentre as instituições que compõem essa rede estão: as Escolas Estaduais; a Secretaria Municipal de Educação; a Secretaria Municipal de Saúde; o Ministério Público; o Poder Judiciário; o Conselho Tutelar; Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS); o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS); Comunidade Bom Pastor; Ong Ninho da Águia; a Secretaria de Assistência Social; o Abrigo Institucional Esperança; entre outros.

É importante destacar que a organização da Rede de Proteção de Nova Esperança tem como objetivo desenvolver um trabalho dinâmico, que vai além de simples agregação dos serviços, buscando maior comunicação e mais efetividade nas ações. Assim, todos contribuem com suas especificidades, de forma que a articulação entre os grupos integrantes possa desenvolver, sinergicamente, um trabalho com mais eficiência e qualidade em prol das crianças, adolescentes e jovens. 

Portanto, embora seja evidente que ainda há muito que avançar nesse importante trabalho em Rede, é notório que bons resultados já se fazem presentes, o que se espera é que a Rede se fortaleça e cresça ainda mais, para que as crianças, os adolescentes e jovens tenham o devido amparo quando necessitarem e que, sobretudo, tenham seus direitos garantidos.

Emerson Branco


Anuncie com Jornal Noroeste
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