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SÍNDROMES FETAIS NA GESTAÇÃO: COMO FICAM ESSES PAIS?


Por: Sarah Rebecca Eliziário Bonetti
Data: 26/08/2021
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Chegou o dia de mais um ultrasom, que felicidade! Até esses momentos mais esperados em uma gestação podem vir sobrecarregados de ansiedade. É porque a maioria das síndromes fetais são descobertas ainda durante a gravidez por meio dos exames de rotina.

            E quando o mais temido se concretiza, o seu bebê realmente nascerá com alguma síndrome, “uma descoberta dessas é tirar o chão dos pais e fazê-los continuar andando”. Até o momento, a preocupação se baseava no aparecimento de estrias, no quartinho, na alimentação mais saudável possível, mas então tudo isso caí por água a baixo, parece tão insignificante diante do contratempo que vocês vão enfrentar agora.

            Em muitos casos, o que seria motivo de alegria, no qual esses pais passariam horas falando com seus amigos e familiares sobre a expectativa para a chegada desse filho, pode ocorrer justamente o contrário em situações como essa. Os pais podem ter dificuldades de trocar suas experiências e acabar desenvolvendo um isolamento progressivo. Com a notícia da malformação, o casal pode sentir-se como “defeituoso” ou incapaz de gerar um filho saudável.

            Em experiências desse tipo podemos destacar 3 fases que esses pais irão enfrentar e com a ajuda de um profissional da Psicologia pode ter um desfecho emocionalmente saudável.

1.    Culpabilização

Será que foi por quê eu rejeitei a gestação? É genético? É minha culpa? Usei algum produto prejudicial?

2.    Aceitação do bebê com a síndrome

Não é o filho que eu gostaria de ter. Ele não vai ser como outra criança, mas ele é o meu filho e é do jeito que é.

3.    Aceitação dos cuidados

Esses pais podem contar com ajudas disponíveis para enfrentar essa situação. O apoio psicológico, livros sobre a patologia, grupos de família que convivem com isso, são excelentes ferramentas.

Por fim, na fase de reorganização, a gestante ou casal começa a estabelecer outros planos para além da realidade da malformação do bebê. Começam a ver aquele filho para além daquela patologia, como um bebê real, que tem personalidade, qualidades e potenciais.

 

 

Sarah Rebecca Eliziário Bonetti

Sarah Rebecca Eliziário Bonetti Psicóloga Perinatal/Obstétrica CRP 08/30339 (44) 92000-3094 @gestarpsicologia


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