1.000 mudas de árvores nativas e frutíferas estão sendo plantadas nesta nova etapa e são oriundas da produção do viveiro municipal e doação de particulares. 

O principal espaço verde de Nova Esperança vai firmando cada vez mais esta posição, graças ao plantio constante de árvores de variadas espécies. Com as chuvas que caíram no decorrer da semana, novas mudas começaram a povoar o local. A maioria das espécies foi cultivada no Viveiro Municipal, que é mantido pela Prefeitura. Outra parte foi doada por pessoas sensíveis à causa ambiental, sabedoras da importância que aquele lugar representa para a população da cidade.  

A vasta arborização do local, composta por espécies nativas e exóticas contribuem para a formação de um micro clima único, atraindo diversos animais dentre estes pássaros de várias espécies que encontram ali seu refúgio ante a danosa ação humana. Gambás, ouriços, lagartos, quatis, aves tais como tucanos de bico grande, araçari, guache são alguns dos exemplares possíveis de se encontrar em meio à caminhada na mata.

Segundo o prefeito Moacir Olivatti, que conversou com a reportagem, o plantio de novas mudas nativas e, sobretudo as frutíferas vão atrair ainda mais os pássaros e outros animais que se alimentam dos frutos.  “Tenho grande apreço por este local, onde passei boa parte da minha infância”, relembra Olivatti.

As espécies que estão sendo plantadas são várias. A reportagem acompanhou o plantio das frutíferas dentre as quais: Abiu, Cacau, Cambucá, Gabiroba, Pitanga e Raca.

Um pouco da História do Parque

O Parque foi criado em 11 de dezembro de 1979 na gestão do saudoso prefeito Dr. Severino Ramos Bezerra (1977 a 1983) com o objetivo de conter a erosão que engolia a cidade. Em meados dos anos 2000 (2006/2007) na gestão da prefeita Maria Ângela Silveira Benatti – Maly (dois mandatos - 2005 a 2008 e 2009 a 2012), ocorre uma nova fase nos destinos do parque, haja vista o que era inicialmente projetado para conter as águas oriundas das regiões adjacentes cuja voçoroca, de tamanho descomunal comprometia a região, ganhou novos contornos, pois a área, de aproximadamente 5 alqueires,  foi delineada com a perspectiva de uma nova formação que envolveu a construção do  belíssimo lago, obras de terraplanagem, construção de taludes para contenção/fretamento das águas, colocação de postos no entorno do Parque (área externa e entorno do lago) e o plantio de diversas árvores mudando seus contornos e contribuindo sobremaneira para a valorização do  setor imobiliário na região da Vila Garça e adjacências.  Recentemente a reportagem  visitou o Parque, acompanhada do prefeito Moacir Olivatti que explicou as obras que estão em fase de execução. “Aqui teremos duas trilhas, sendo uma para bikes e outra para caminhada por trajetos distintos, pois a segurança dos pedestres também é nossa preocupação. As folhas, flores e galhos recolhidos pelos quatro cantos da cidade são trazidos para cá onde passarão por um processo de compostagem gerando adubo natural para o Viveiro Municipal. Teremos também um auditório para aulas de educação ambiental além do museu da cidade, onde já temos muitas peças doadas por pioneiros que valorizam a memória”, salientou Olivatti. 

Um monumento será construído com tocos de guarita, numa alusão à agonia da natureza que luta para sobreviver. Olivatti destacou que graças à economia, mais de R$100 mil já foram investidos, utilizando mão de obra dos funcionários municipais. “O auditório que está em processo de construído é fruto de recursos obtidos em razão de multas ambientais. Também teremos na entrada o nosso museu. Queremos trazer pessoas para cá que venham com consciência ambiental, a exemplo do que já vem ocorrendo”, informou.  

 Esse processo contínuo de formação e realização de obras segue até os dias atuais, constituindo um “trabalho feito à várias mãos” que caminha para a tão almejada abertura daquele espaço para visitação pública, anunciada para ocorrer no mês de março do próximo ano.