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Março Lilás: o melhor caminho contra o câncer de colo de útero é a prevenção


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 30/03/2023
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No mês da mulher importantes campanhas são erguidas em prol da saúde feminina: o Março Amarelo, que trata da endometriose e o Março Lilás, campanha promovida pelo Ministério da Saúde, com o intuito de conscientizar a população sobre a prevenção, e no enfrentamento do câncer de colo de útero.

Este tipo de câncer é o 3º mais frequente nas mulheres e, é a quarta causa de morte entre a população feminina no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima 17.010 novos casos para 2023.

O Ministério da Saúde neste ano lançou uma nova estratégia para o controle e eliminação do câncer do câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical. Além do foco na redução de casos e na prevenção, com a vacinação, a iniciativa também prevê a inclusão do teste molecular para detecção do HPV, vírus sexualmente transmissível causador da doença, no Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, serão investidos R$ 18 milhões na expansão do projeto piloto de Recife para o estado de Pernambuco. Em um segundo momento, a iniciativa será ampliada para todo o Brasil. A Estratégia Nacional de Controle e Eliminação do Câncer Cervical foi lançada quarta-feira (22), pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na capital pernambucana.

        O Câncer do colo de útero é de fácil tratamento e cura. O medo, o preconceito, a falta de informação, ciúmes da parte do parceiro, são algumas causas que podem justificar a baixa procura ao serviço de saúde.

         O câncer de colo uterino é causado por um vírus, o Papilomavírus Humano ou HPV. O HPV também é responsável pelo câncer de pênis em homens.

Em algum momento da vida, a mulher poderá entrar em contato com ele. A boa notícia é que, a grande maioria, o vírus, é eliminado pelo próprio sistema imunológico da mulher, ele vem e vai e a mulher nem percebe; uma pequena parte desenvolve verrugas benignas, que podem ser localizadas na região anal, oral ou genital, mas 5% delas, o sistema imunológico não elimina o vírus, então, ele causa uma lesão no colo uterino, que evolui lentamente, por cerca de 10 anos, transformando-se então, em um Câncer.

        A principal forma de contágio é através da relação sexual, embora possa ser transmitido em menor proporção, através da mãe para o feto ou objetos contaminados.

        Acomete mais mulheres de baixa renda e escolaridade, pois, elas infelizmente têm maior dificuldade, para acessar os exames e o serviço de saúde.

        Fatores como: início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros sexuais, má higiene, tabagismo, uso de pílulas anticoncepcionais, praticar sexo sem camisinha, ter tido alguma doença sexual transmissível anterior, baixa imunidade, histórico familiar, não realizar o Papanicolau regularmente, podem causar a doença.

        É uma doença silenciosa, porque ela não apresenta sintomas no início, os sintomas só aparecem numa fase avançada da doença.

        O ideal é descobrir o câncer no início, quando ele não apresenta os sintomas, pois, quanto mais cedo descobrir, mais fácil e menos traumático será o tratamento.

        Na fase avançada, a mulher pode começar a sentir os sintomas, que podem ser: sangramentos menstruais irregulares, dor e sangramento durante a relação sexual, dor no repouso e no baixo ventre, aperto na região do baixo ventre, corrimento de cor escura com odor forte e desagradável; em casos ainda mais avançados a paciente pode ter fortes dores pélvicas, anemia, dor na região lombar e abdominal, obstrução das vias urinárias e intestinais, perda de apetite e de peso.

        Como se prevenir?

        Fazendo o preventivo de câncer, que é mais conhecido como Papanicolau, com regularidade. O exame é capaz de detectar lesões numa fase precoce da doença.

        Trata-se de um exame rápido e indolor, onde o profissional de saúde introduz um aparelho chamado espéculo no canal vaginal, para que ele possa visualizar o colo de útero e o com uma escovinha e uma espátula de madeira, delicadamente promove uma escamação da superfície externa e interna do colo de útero; feito isso, ele coloca as células colhidas numa lâmina de vidro que é levada para a análise. O desconforto não é nada, comparado aos benefícios que este exame traz.

        O exame deve ser feito anualmente, partir do momento que a mulher começa a ter relações sexuais, até os 64 anos de idade. A gravidez não é impedimento para realizar o exame.

        Porém, não é apenas fazer o exame, é preciso retornar para pegar o exame e mostrar para o médico.

        Use camisinha, pois, além de prevenir o HPV, ela ajuda a prevenir contra o HIV e DSTs.

        Vacine seus filhos contra o HPV, não dê ouvidos a fake News, a vacina é segura e está disponível na rede pública. O Ministério da Saúde, disponibiliza para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a14 anos. A vacina protege contra os tipos: 06 e 11 que causam verrugas genitais e 16 e 18 responsáveis pelo câncer de colo de útero.

        Portanto, vá ao médico regularmente, faça seu preventivo, use camisinha, tenha bons hábitos de higiene, pare de fumar, e tenha uma boa qualidade de vida. Cuide da sua saúde e de seu útero, pois, ele é o lugar onde a vida começa, e não, onde ela termina.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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