Desde o dia 5 até o dia 29 deste mês, a cúpula e o edifício principal do Senado em Brasília, está iluminado com a cor laranja, isso se deve porque a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), apoiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), instituiu em 2005, que o dia 4 de fevereiro como sendo o Dia Mundial de Combate ao Câncer.

Inspirados por esse dia, nasceu o fevereiro laranja com o objetivo de alertar sobre a leucemia um dos tipos mais comuns de câncer, com objetivo de combater a leucemia e estimular a importância da doação de medula óssea.

No Brasil a leucemia é o 9° câncer mais comum em homens e o 11° entre as mulheres.

Mas como se dá a leucemia?

Tudo começa na medula óssea, que é um líquido gelatinoso que percorre o interior dos ossos, também chamado vulgarmente como tutano. Ela funciona como uma fábrica de células sanguíneas produzindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, que leva oxigênio ao organismo, os leucócitos ou glóbulos brancos, que combate infecções e produz anticorpos e as plaquetas, responsável pela coagulação do sangue.

De alguma forma, geralmente de origem desconhecida, os glóbulos brancos perdem sua função de defesa e passam a produzir de maneira descontrolada sofrendo mutações, tomando lugar das células saudáveis e preenchendo com células doentes.

Por consequência, o paciente pode apresentar alguns sintomas, pela redução das hemácias: anemia, cansaço, falta de ar, dor de cabeça e palpitação. Pela redução das plaquetas pode apresentar sangramentos pela gengiva e nariz (epistaxe) e equimoses (manchas arroxeadas na pele). Pela redução dos glóbulos brancos, aumenta a taxa de infeções, ou seja, ficar mais susceptível a doenças. Também pode haver aumento dos gânglios linfáticos, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e axilas, aumento do fígado e do baço, perda de peso, febre e sudorese noturna, dores nos ossos e nas articulações.

Como todo o câncer quanto mais cedo a leucemia for diagnosticada, maiores as chances de cura.

O diagnóstico é feito pelo exame clínico e exames complementares.

Não se conhece ao certo a causa da leucemia, o tratamento visa destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Os tratamentos são a quimioterapia e transplante de medula óssea.

Se você tem entre 18 e 55 anos e um bom estado de saúde, você pode ser um doador.

Os passos para doar medula óssea e salvar vidas são:

- Vá até ao hemocentro especializado cadastrado no site do INCA mais próximo de você, munido de um documento oficial de identidade e preencha o cadastro com dados pessoais.

- Será colhido 5 ml de sangue para exame.

- O sangue passará por exame histocompatibilidade.

- O resultado e seus dados serão incluídos no REDOME que é ligado ao INCA.

- Onde as informações genéticas serão cruzadas com dados de pacientes.

- Se houver compatibilidade, o doador será informado e cabe a você decidir se quer doar.

- Se o doador confirmar, serão realizados novos exames.

- O procedimento de doação é feito no centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral ou colhido por aférese em ambulatório.

- Nos primeiros três dias pode haver desconforto localizado, que pode ser amenizado com uso de analgésico comum.

- Uma semana depois o doador pode voltar a sua vida normal.

- A medula se recompõe em 15 dias.

Mesmo depois da cura da doença, o paciente deve ser acompanhado por profissional médico, de preferência a vida toda.

Então, seja solidário a causa e apoie o fevereiro laranja, doe medula óssea e salve  vidas.