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Identificando o abuso


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 14/05/2019
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Dia 18 de maio é o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes e por isso devemos falar deste importante tema. Quando há suspeita de que a criança possa estar sendo abusada sexualmente, a investigação deve ser muito cuidadosa, pois é algo que irá afetar toda a família e principalmente a criança.

Infelizmente a agressão sexual infantil é algo muito comum e que geralmente ocorre por familiares ou pessoas muito próximas da criança, sem distinção de classe social. Geralmente o abuso fica em segredo devido a essa relação de confiança e intimidade que o agressor tem com a família, usando de argumentos que fazem com que a criança fique com medo de contar. Além do medo a criança sente vergonha e culpa. 

Crianças que foram ou são abusadas sexualmente apresentam alguns comportamentos como:

– Podem ser extremamente submissas ou extremamente agressivas e antissociais;

– Podem aparentar ser muito maduras para sua idade;

– Apresentam brincadeiras muitas vezes inadequadas com conteúdo sexuais persistentes; 

– Chegam sempre muito mais cedo na escola ou atividades fora de casa e tendem a ser os últimos a sair, na tentativa de ficar distante de casa ou do local de abuso. 

– Apresentam dificuldades de realizar atividades em grupo e de se relacionar com as pessoas;

– Apresentam dificuldade de concentração na escola ou uma queda muito repentina no desempenho escolar;

–Costumam não confiar nas pessoas, principalmente nas pessoas com autoridade;

– Podem ter o costume de fugir de casa;

– Apresentam sérias alterações no sono; 

– Podem apresentar depressão clínica, ideias suicidas, automutilação;

–Sentem culpa em relação a tudo.

O agressor, muitas vezes, faz com que a criança participe do abuso, o que faz com que ela acredite que aquilo é uma brincadeira ou um jogo divertido, nada mais. Ele tem conhecimento do que agrada a criança sabendo então como a subornar ou agradar para que no início seja divertido sem que a criança veja maldade.

Na grande maioria das vezes, a criança não conta sobre o abuso pois o agressor utiliza de estratégias como:

– Dizer que os pais irão se irritar e brigar com a criança; 

– Dizer que os pais a mandarão embora de casa ou não gostarão mais dela; 

– Fazer ameaças de machucar a criança e seus familiares;

– Dizer que o abuso é culpa da criança, que ela quem provocou;

– Dizer que os pais não acreditarão na criança;

Crianças que são abusadas sexualmente, principalmente as menores, não entendem o que de fato está acontecendo e por isso ficam sem saber o que fazer ou se devem fazer algo. Quase sempre, elas tendem fingirem e ignorarem o ocorrido e sofrem caladas, as vezes por anos.  

Por isso é importante que preguem em casa a educação sexual, lembrando que quando falamos sobre educação sexual não estamos falando necessariamente sobre sexo. Quando a criança é pequena, não existe a necessidade de falar sobre sexo com ela, mas existe uma grande importância em ensinar a ela sobre seu corpo e como devemos cuidar dele. Por isso ensinem as crianças sobre seus corpos, quais são suas partes, o que podemos e não podemos fazer e o mais importante respeitem seus filhos. Em caso de suspeita não pressione a criança a falar isso pode a deixar com mais medo, procure ajuda profissional.

Luiza Graziela Santos Dias


Anuncie com Jornal Noroeste
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