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Ética! Apesar de Tudo!


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 19/10/2020
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Certamente, até a apresentação desta nova exposição de ideias, eu não tenha colocado um título com tamanha ênfase. Quase como um apelo. De fato, não nego que o tema se apresenta como bastante enfático, devido à sua relevância e ao desafio que apresenta para nós: buscar sermos os mais éticos possíveis, em meio a um contexto que nos desestimula exatamente a não sermos. Ora, toda sociedade possui seus costumes e códigos de conduta. Assim sendo, quando roubamos ou matamos, infringimos este código e classificamos estas ações de imorais. Ao contrário, quando agimos de forma a respeitar o outro, desde que sejamos respeitados, estamos nos conduzindo de forma moralmente qualificada.

O termo moral tem um sentido parecido com o da ética, que por sua vez deriva da palavra grega ethos.  Compreender a necessidade de agirmos eticamente, com respeito às nossas condutas e regras na condição de indivíduos sociais e enquanto agentes morais, enriquece as bases de nossas relações e contribui para fortalecimento das estruturas que possam estabelecer uma democracia mais saudável. Desta forma, apesar do político que põe o dinheiro na cueca. Das escabrosas corrupções descobertas neste período de pandemia, além de  outros fatos e ações que desafiam o bem agir, devemos refletir a respeito também de nossas condutas e analisar se todos estes acontecimentos que ferem o agir ético e que nos causam indignação, não se encontram diretamente relacionados ao nosso modo de ser e atuar no cotidiano. Penso que necessitamos tecer uma forte reflexão, acerca de nossa responsabilidade quanto ao respeito por exemplo à dignidade humana. Creio ser essencial assumirmos a autonomia das nossas ações, embasando-nos de grande responsabilidade, segundo a noção de que todos possamos agir e respeitar as leis morais que nós estabelecemos, apesar de tudo o que nos afronta de modo imoral. Não se buscam santos, mas seres humanos que se respeitem, respeitando também aos outros. Afinal, ninguém é uma ilha e se nos importamos com o agir ético do outro, tal fato se deve à nossa condição de sociabilidade. Há uma necessidade de refletirmos sobre o que estamos fazendo e agir de modo mais ético, novamente apesar de tudo.   

 

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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