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Efeitos do distanciamento social na saúde mental


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 30/06/2020
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O povo brasileiro tem como característica marcante a alegria contagiante e sua simpatia, quando nos encontramos, nos abraçamos e nos beijamos. De repente vem um vírus e muda tudo. Somos obrigados a nos isolar; não se pode mais ter contato físico e temos que ficar em casa. Saímos só se necessário, para atender nossas necessidades básicas.

Mas quais os efeitos que o isolamento e a falta do calor humano, pode acarretar?

Quando estamos diante de uma pandemia, vários sentimentos começam a aparecer:  medo de sermos contaminados; ansiedade e angústia, dúvidas e incertezas, estresse, irritabilidade, perda de apetite, pensamentos negativos, falta de ar, palpitação, sudorese, taquicardia.

A mudança radical do nosso estilo de vida nos abala, então ficamos desorientados e somos bombardeados a todo momento com uma enxurrada de informações negativas pela mídia, excesso de cuidados com limpeza e com nossa higiene.

Todas essas mudanças de comportamento são difíceis. A falta de contato físico com nossos familiares e amigos nos traz tristeza, como se algo estivesse errado, então  nos sentimos tristes e vem o estresse.

A falta de liberdade que tínhamos outrora, causa uma sensação de desamparo, tédio e raiva, consequentemente ficamos ansiosos e irritados.

Dúvidas e incertezas permeiam nossa mente, se estou em isolamento como vou sobreviver economicamente? Será que verei meus familiares e amigos novamente? Será que vou ficar doente? E vem a solidão e sensação de impotência.

Mas todos estes sintomas são respostas normais diante de alguma situação estressante, pois o corpo e o cérebro estão tentando se adaptar à nova realidade; mas quando a pessoa não consegue funcionar normalmente comprometendo sua saúde e suas funções normais é hora de procurar ajuda  com um profissional, como um psicólogo, ele pode ser um aliado e te ajudar a não ter problemas psicológicos.

Mas nem tudo está perdido, nós brasileiros também somos um povo criativo e capaz de nos reinventar e apesar das diversas adversidades temos conseguido driblar essa situação. Então existe uma esperança.

Por mais duro que seja, devemos cultivar a resiliência e recriar nossas vidas.

Tenha paciência com você, entenda a situação, tenha fé, pode demorar, mas vai passar, e você é mais forte que tudo isso.

Conecte-se online com pessoas que você gosta, como amigos e familiares.

Procure conversar com as pessoas que moram junto com você, pois um pode ajudar o outro.

Procure não ficar atrás de notícias sobre a pandemia a todo momento, estude sobre ela, mas não fique obcecado. Faça sua parte, como cuidados com higiene, mantenha a etiqueta respiratória e distanciamento social.

Mantenha uma rotina organizada, não fique de pijama, levante e tome o seu café da manhã, tome um banho e troque de roupa, e vá ocupar o seu dia com atividades produtivas.

Se estiver trabalhando home office, faça pausas, descanse.

É muito importante manter sua mente sã, então procure fazer coisas que você gosta, como ler, assistir filmes ou séries, trabalhos manuais, pintar, ouvir música, dançar, fazer um curso online, entre outros; o importante é se manter ocupado. Divida as tarefas domésticas.

Mantenha o bom humor.

Faça atividades físicas regulares e moderadas, não fique parado.

Beba bastante água. Tome sol e durma bem.

Tenha uma alimentação equilibrada, balanceada e saudável, rica em frutas e verduras, é hora de fazer aquela receita que você tem vontade de fazer e nunca tem tempo.

Mantenha a calma, procure respirar e meditar. Conecte-se com Deus.

Enfim, estamos passando por uma situação atípica, mas lembre-se, vai passar, não podemos mudar, temos que encarar, mas podemos escolher como lidar com ela da melhor maneira possível. Mantenha a calma o bom humor. Seja criativo. Cuide-se.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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