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Divindade Própria


Por: Fernando Razente
Data: 27/03/2023
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Romanos 1.20(c): “(...) como também a sua própria divindade” 

Na semana passada analisamos o primeiro atributo invisível de Deus: seu eterno poder. Vimos que o poder de Deus, sua ação criadora e mantenedora do universo, está no contexto da eternidade. Seu poder é o princípio de tudo que vemos e jamais terá fim, estando acima de todos os poderes temporais.

Hoje, na continuação do versículo 20, analisaremos o segundo atributo mencionado por Paulo: sua divindade. Parece um jogo de palavras redundantes dizer que Deus é divino. Mas não é. E veremos o porquê.

Retomando, Paulo nos diz que um dos atributos invisíveis de Deus é sua própria divindade. O que isso significa? Se por um lado, o atributo de “poder” foi um termo específico, por outro, o termo “divindade” refere-se a algo genérico.

Esse vocábulo (θει?της/theiot?s), segundo o comentarista calvinista John Murray (1898-1975), reflete as perfeições divinas. E o teólogo Meyer, em consonância, diz que se trata da “(...) totalidade daquilo que Deus é, como um ser que possui atributos divinos.”

Logo, por “divindade” não devemos entender um único e específico atributo invisível de Deus, mas a soma total das perfeições invisíveis que caracterizam a pessoa de Deus.

O já falecido pastor Paulo Anglada, em seu livro Soli Deo Glória: o ser e as obras de Deus (2007), menciona algumas dessas perfeições próprias da divindade: infinidade, unicidade, auto-existência, independência, espiritualidade, imensidão, imanência, onisciência, onipotência, onipresença, imutabilidade, transcendência, sem contar os atributos morais.

Todos esses atributos juntos são próprios do Ser de Deus; Ele é um ser totalmente único. Os tais atributos supracitados, mais aqueles que são morais (como amor, santidade, justiça, verdade, etc.), formam o caráter próprio da divindade.

Por fim, os muitos e grandiosos atributos refletem para nós a riqueza da manifestação do ser, majestade e glória de Deus, dada a nós, como veremos na semana que vem, por meio da criação visível.

Até a próxima. Que Deus te abençoe.

Fernando Razente

Amante de História, atuante com comunicação e mídia, leitor voraz e escritor de artigos de opinião e matérias jornalísticas.


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