Clareza, antiguidade e universalidade
Romanos 1.20(d): “(...) claramente se reconhecem desde o princípio do mundo”
Na semana passada terminamos de analisar o último dos dois atributos invisíveis de Deus mencionado por Paulo.
Retomando rapidamente, até aqui vimos que Deus manifestou voluntariamente ao ser humano seus atributos divinos, como seu eterno poder e sua própria divindade. A pergunta de hoje é: quando Ele manifestou?
Paulo nos diz, na sequência do versículo 20, coisas importantes sobre a natureza, época e a abrangência da revelação dos atributos invisíveis de Deus ao homem.
Veremos primeiro que essa revelação é uma revelação clara e evidentíssima. Em segundo lugar, que ela é antiga e universal. Vamos por parte.
Paulo começa escrevendo sobre os atributos de Deus, dizendo que eles “(...) claramente se reconhecem”. Ou seja, essa manifestação dos atributos divinos não é oculta, obscura e misteriosa. A revelação de Deus de si mesmo é clara e ipso facto reconhecível aos homens.
É um equívoco pensar que a fé cristã se trata de um relacionamento com um ser secreto, sigiloso ou disfarçado. Cristianismo não é ocultismo. Na verdade, no Cristianismo Deus se faz conhecido de forma clara!
Se os homens não reconhecem a Deus, não é pela opacidade de Sua luz, mas pela densidade das trevas da cegueira espiritual dos pecadores.
O problema não é a revelação de Deus. Ela é claríssima como lemos, mas o homem a qual essa luz é projetada está morto e não pode interpretá-la corretamente.
Aliás, como já vimos no versículo 18, o homem natural distorce essa revelação clara e por isso é completamente responsável diante de Deus por receber dele tamanhos testemunhos e não lhe render graças.
Mas Paulo continua. Na sequência ele diz que essa manifestação dos atributos são claras e reconhecíveis “(...) desde o princípio do mundo”. Em outras palavras, a revelação dos atributos invisíveis é antiga e universal.
Antiga porque desde que “(...) Deus colocou o homem no mundo, sua majestade e sua glória estão gravadas nele e nas coisas criadas, de maneira que, desde Adão, todo homem tem essa consciência [da existência de Deus]”, argumenta o Prof. Nicodemus.
E universal, pois esses atributos estão no mundo, e por isso estão gravadas na natureza e disponíveis a toda criatura que já pisou neste planeta, seja de qualquer língua, povo ou nação que for.
“Todos”, diz novamente o Prof. Nicodemus, “(...) têm consciência e acesso à natureza; esse não é um conhecimento particular, esotérico e secreto, mas é algo que Deus tornou público.”
Mas através de quê Deus tornou público esse conhecimento tão antigo? É isso o que veremos na semana que vem, se Deus quiser.
Até a próxima.
Deus te abençoe!
Fernando Razente
Amante de História, atuante com comunicação e mídia, leitor voraz e escritor de artigos de opinião e matérias jornalísticas.