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Agosto Dourado: o sucesso da amamentação é dever de todos


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 11/08/2022
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O mês de agosto é o mês da amamentação, isto se deve ao fato de que, desde 1990, durante um encontro ocorrido na cidade de Nova Iorque, a OMS (Organização Mundial de Saúde), e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), elaboraram um plano para a conscientização à necessidade de amamentação exclusiva até os 6 meses de idade. Elaborou-se então, um documento chamado Declaração de Innocenti, que é um documento voltado para amamentação, onde vários países assinaram a declaração se comprometendo a promover ações, e tomar medidas, em favor à amamentação, dentre eles o Brasil.

         Uma das ações foi a criação da SMAM (Semana Mundial de Aleitamento Materno), que é coordenada pela WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno), que a cada ano define um tema diferente, esta ação ocorre sempre na primeira semana do mês de agosto. Mais de 120 países espalhados no mundo aderiram à causa. O Brasil tem comemorado a semana desde 1999, e a cada ano tem ganhado força.

        Em 2017, o então presidente da república Michel Temer, institui a Lei nº 13.435, em 12 de abril que define que o mês de agosto seja o mês do aleitamento materno. Que intensifica as ações intersetoriais de conscientização, e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.

        O símbolo da campanha é o laço dourado, a cor dourada remete ao padrão ouro de qualidade, pois, é o melhor alimento para o bebê. E o laço tem um significado, tão belo e relevante. O lado direito é a mãe, e o lado esquerdo é o bebê, e são do mesmo tamanho, simétricos, pois, um depende do outro, os dois são vitais para o sucesso da amamentação. O nó é o pai, a família e a sociedade, que têm o papel de dar suporte à mãe. E as pontas, são o futuro, com aleitamento materno exclusivo por 6 meses, e a amamentação continuada por 2 anos ou mais.

        E com esse pensamento que todos têm um papel a desempenhar para o sucesso da amamentação, a WABA definiu o seguinte tema para o ano de 2022: “Fortalecer a amamentação, Educando, e apoiando”, ela também diz na cartilha da campanha desenvolvida por ela este ano que, se deve informar as pessoas sobre o seu papel fortalecendo a cadeia de calor de apoio à amamentação, vincular a amamentação como parte de boa nutrição, engajar as pessoas e organizações ao longo da cadeia de calor de apoio para a amamentação; e estimular ações de fortalecimento da capacidade de protagonistas e sistemas para a mudança transformacional.

        Mas o que seria essa cadeia de calor? De acordo com a cartilha da WABA, a cadeia de calor são etapas, que fortalecem e ajudam no sucesso da amamentação, uma reação em cadeia como um dominó.

        Para se preparar para a amamentação, os pais precisam de educação e aconselhamento antecipado em amamentação da equipe de saúde e comunidade.

        Para iniciar a amamentação, as mães precisam de cuidados maternos durante o trabalho de parto e parto e contato pele-a-pele imediato com orientação de especialistas.

        Para estabelecer a amamentação pós-natal, aconselhamento em amamentação deve estar disponível na maternidade e após a alta.

        Para manter a amamentação, os pais precisam de contatos de aconselhamento em amamentação por pelo menos os primeiros anos e, se possível, por mais tempo.

        Para proteger a amamentação, todos os protagonistas da Cadeia de Calor precisam estar livres das influências comerciais dos fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno e de mamadeiras e bicos.

        Para fortalecer a amamentação e alcançar a meta global de amamentação, a capacidade de todos os protagonistas da Cadeia de Calor precisa ser fortalecida.

        São vários os protagonistas, que juntos têm a importante tarefa de apoiar à amamentação, a saber: equipe e trabalhadores de saúde, comunidade, a família, governo, empregadores, grupos religiosos, mídias, entre outros.

        De acordo com dados do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, apesar de a prática da amamentação ter aumentado no Brasil nos últimos anos, sua duração ainda é menor do que a recomendada. Segundo dados de 2021 da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), as estatísticas estão abaixo do ideal apenas quatro em cada dez (44%) crianças são amamentadas exclusivamente nos primeiros seis meses de vida.

        A OMS, salienta que o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até cinco anos, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, colesterol alto, diabetes, hipertensão e obesidade na vida adulta, além de proteger a mãe contra alguns tipos de câncer e ajudar na recuperação pós-parto.

        Qual o seu papel em prol da amamentação? Vamos todos juntos fortalecer a cadeia de calor, pois, proteger a amamentação não só responsabilidade da mãe, é dever de todos.

 Obs: Para ter acesso a cartilha da campanha deste ano produzida pela WABA, acesse: www.worldbreastfeedingweek.org.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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