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A graça de servir


Por: Fernando Razente
Data: 08/08/2022
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Romanos 1.5 (a): “[...] por intermédio de quem viemos a receber”

 Na semana passada encerramos a exposição dos versos 1-4 de Romanos 1, onde Paulo tratou de suas credenciais e da mensagem que ele pregava como um apóstolo de Jesus. Hoje, veremos Paulo mencionando algo importante sobre seu ministério: seu aspecto gracioso!

Após falar da mensagem que prega nos versos de 1b-4, Paulo recua à sua proposição inicial de que ele é um apóstolo chamado pela graça de Jesus. Ao dizer “por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado” Paulo está fazendo referência ao v.4b, onde disse: “Jesus Cristo, nosso Senhor”. Ou seja, Paulo recebeu a graça de servir por meio de Jesus.

Porém, gostaria de chamar sua atenção para a importância da palavra “receber” neste trecho, pois ela nos ensina que nada no ministério de Paulo, de ter sido chamado e separado para Deus e ter uma missão apostólica através de Cristo, vem dele mesmo. Ao dizer “receber” antes de falar de seu apostolado novamente, Paulo está indicando aos seus leitores mais uma vez que sua vida ministerial era marcada pela atuação graciosa de seu Senhor.

Isso é verdade não só para Paulo, mas para qualquer outro apóstolo daquela época, e ainda mais para qualquer oficial cristão, como pastores, presbíteros ou diáconos atualmente. Todo chamado ou missão é algo recebido de Cristo como uma dádiva imerecida; mas nunca algo conquistado! Nós simplesmente recebemos de Cristo a graça de servir.

Nós, naturalmente, somos como mendigos imundos e pobres sem nada para dar, sem nenhuma vantagem ou direito, completamente indignos; mas, de forma gratuita, recebemos a grande glória e graça de servirmos a Ele e ao nosso próximo como seus servos (João 13.13-15). Isso, meus irmãos, deveria minar e destruir toda a nossa soberba e fazer com que nos lembremos que somos servos e não senhores no ministério.

Precisamos sempre nos humilhar diante da poderosa mão de Deus e nos recordar dessas palavras inspiradas pelo Espírito Santo: “viemos a receber”.  Devemos repeti-las em nossa mente até que elas sejam gravadas em nosso coração! Lembremos que Paulo, ao escrever sua primeira carta aos Coríntios, censurou a soberba dos irmãos com a mesma palavra que aqui caracteriza seu ministério: “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Coríntios 4.7).

Portanto, os servos de Cristo devem servi-lo com senso de humildade e dependência, pois não podemos viver algo que recebemos como se tivéssemos conquistado por méritos. Ninguém conquista nada, mas recebe de forma graciosa da parte de Deus todas as coisas necessárias à vida e à piedade: “[...] o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade” (2 Pedro 1.3).

 É uma terrível contradição ministros do Cristo gracioso se comportando com arrogância. Quem assim vive, se assemelha mais a Diótrefes, aquele líder da igreja que gostava de ser o mais importante, pois estava inflado de si mesmo com a ilusão de méritos próprios (3 João 1.9).

Nós, porém, devemos ter consciência que tudo o que temos é de Deus que recebemos. Como o rei Davi orou a Deus, os servos de Cristo devemos confessar: “Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.” (1 Crônicas 29.14b).  Mas o que Paulo recebeu exatamente? É isso o que veremos na semana que vem, se Deus permitir.

Até a próxima e que Deus te abençoe!

 

 

 

Fernando Razente

Amante de História, atuante com comunicação e mídia, leitor voraz e escritor de artigos de opinião e matérias jornalísticas.


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