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Banco de reservas: lugar daqueles que não se sentem ‘suficientemente’ preparados para o jogo da vida


Por: Simony Ornellas Thomazini
Data: 22/11/2019
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Algumas pessoas não conseguem se posicionar na vida, pois, estão ocupadas sempre julgando-se não qualificadas para determinadas decisões, cargos, ações e qualquer outra atitude que as façam avançar na vida.

Para estas pessoas, está sempre faltando alguma coisa, não se sentem prontas ou qualificadas, colocando-se, portanto, no banco de reservas.

A metáfora ‘banco de reservas’ é emprestada do esporte. Tal como acontece com os jogadores que se encontram nesta posição, pois, não estão, segundo o técnico, aptas - pelo menos naquela determinada partida a entrarem em jogo - algumas pessoas acabam colocando a si mesmas neste lugar estático.

Não é o técnico que as colocam ali, mas é seus próprios pensamentos que as fazem assistir ao jogo da (sua) vida.

Enquanto assistem, criam inúmeras fantasias para sustentar o seu discurso queixoso. Inventam mil desculpas para justificar a sua falta de decisão de maneira extremamente defensiva: “não consegui me preparar adequadamente para a partida”, “o técnico não me incentivou”, “outras pessoas são melhores do que eu”, “no outro jogo eu me preparo melhor”.

Todas estas desculpas são para afirmar a si mesma e as outras pessoas, que o melhor lugar para elas, é o banco de reservas. Optam por permanecerem em sua zona de conforto, sem riscos, sem perdas, sem sofrimento. Mas, Jorge Forbes, psicanalista, tem uma frase que se aplica muito bem aqui: “sofre para não sofrer”.

Neste jogo em que não se vai para lugar algum, nada acontece. A vida fica em ‘slow motion’, a partida acaba, um novo jogo começa, e tudo se repete.

O que se espera de um processo analítico, é que a pessoa ganhe a autonomia de sair do banco de reservas para poder participar do jogo da vida. Sem receitas, modelos ou soluções rápidas, ela deverá criar um caminho singular de responsabilização por suas escolhas.

Com isso, muda-se de posição na vida e aquele discurso queixoso é trocado por novos pensamentos que, como diz Freud, são os ensaios da ação.

 Todas estas desculpas são para afirmar a si mesma e as outras pessoas, que o melhor lugar para elas, é o banco de reservas.

Simony Ornellas Thomazini


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