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Operação – Arma Secreta


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 10/08/2023
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A intenção essa semana era dedicar a atenção da Coluna para o contraditório Ursinho PoohSangue e Mel, que tinha previsão de estreia para dia 10 de agosto nos cinemas brasileiros. Entretanto, por algum motivo o filme de terror do diretor Rhys Waterfield não chegou aos cinemas da nossa região. O que despertou a indagação: será que chegará? Isso porque nem todo mundo está preparado para ter sua infância devastada por meio da deturpação de uma figura tão querida quanto o Ursinho Pooh. Mais a respeito disso saberemos apenas nas próximas semanas. Já que não vai rolar esse filme de terror, o melhor a fazer é voltar o olhar para o streaming, isso porque já faz um tempo que eu não tenho dado espaço para os filmes lançados diretamente nas plataformas e que ficam à disposição na sala de casa. Por isso, essa semana, a Coluna Sétima Arte traz Operação – Arma Secreta, um filme de ação polonês da Netflix que vem dando o que falar.

No mundo pós-pandêmico o streaming reina soberano. Por mais que a popularidade não seja mais a mesma do período em que todos preferiam ficar em casa, ainda pertence a essa modalidade a maior fatia de orçamento destinada ao entretenimento das famílias. Isso faz com que plataformas como a Netflix tenham a ousadia de fazer grandes estreias, às vezes, quase que simultaneamente, no entanto, nem sempre essas estreias seguem os elevados padrões hollywoodianos. Operação – Arma Secreta é um filme típico do padrão made for streaming (parafraseando o antigo made for tv), é empolgante, é rápido, é fácil de compreender, mas é genérico, feito para divertir e não para impactar, não segue os rigorosos padrões daqueles que esperam uma obra arte. Um típico enlatado. Até aí, tudo bem! Quem é que não gosta de um bom filme de ação, descartável, mas divertido?

É nesse ponto que estão concentrados os burburinhos gerados em torno de Operação – Arma Secreta. Ele estreou dia 02 de agosto, deveria ser apenas mais um filme do diretor Daniel Markowicz que já entrou muitas outras obras para a Netlfix e, até então, apenas mais uma produção polonesa. Os críticos assistiram e torceram o nariz, como de costume. Teve crítico especializado que chegou a classificar a obra como desastrosa, isso porque o thriller de ação não tinha nada de novo, nada de impactante, era só mais um filme de ação como tantos outros, com uma história um pouco enrolada. Mas eis que, ao longo do mês de agosto, o filme caiu nas graças dos assinantes dessa plataforma de streaming e ostenta há alguns dias o pódio de filme mais assistido junto aos usuários.

Dei espaço a esse fato aqui na Coluna, porque ele não é isolado. Já faz um tempo que vemos esse movimento do público contrariando a crítica. A meu ver isso é muito interessante, pois, esses indícios demonstram que o público já não se deixa mais levar de forma tão contundente pela opinião da crítica especializada e que as facilidades do streaming estão escancarando de forma mais explícita esse descontentamento do público em relação ao que alguns indicam como bom ou não para ser visto. Com tudo isso, quem sai ganhando é o público, que evidentemente terá eu espero, mais poder de decidir, para além da crítica, o que realmente é passível de fazer sucesso ou não no mundo do entretenimento.

Com já dito anteriormente, Operação – Arma Secreta não está preocupado em inovar, apenas que entregar uma boa história e isso já basta. Seu roteiro, escrito por Dawid Kowalewicz, em parceria com o diretor, é considerado uma bagunça pela crítica, mas na verdade tem elementos que agradam em cheio ao público, como, por exemplo, a agilidade dos acontecimentos, os conflitos e as perseguições. Além disso, a obra tem um leve tom policial, o que deixa a história ainda mais interessante.

O elenco é desconhecido pelo público brasileiro, mas conta com excelentes atores poloneses, com destaque para o ator Piotr Witkowski (como é difícil escrever esses nomes poloneses!risos), que interpreta o protagonista da história. Talentoso, ele faz toda a diferença ao desenrolar da trama. Quem também rouba a cena é o vilão, interpretado por Jacek Koman e além deles outros atores também entregam excelentes interpretações, como Michalina Olszanska e Sebastian Stankiewicz.

Vamos à trama! Um antigo combatente do terrorismo, Kiel, atua como mercenário ao lado irmão Piotr numa empresa militar privada na Polônia. Ao aceitar uma missão aparentemente simples, eles serão obrigados a enfrentar uma arma experimental perigosa que transforma as pessoas em assassinos selvagens. Quando essa arma afeta alguém próximo a Kiel, ele será movido por um profundo sentimento de vingança para pôr fim ao responsável por algo tão devastador.

Por que ver esse filme? O maior incentivo para assisti-lo, sem dúvida, é o fato de estar disponível no conforto do lar. Isso porque essa é uma obra no padrão sessão da tarde”, ou seja, feita para divertir e entreter sem exigir muito esforço por parte do expectador, o que tende a agradar. Além disso, ele vem cheio de suspense e ação, dois ingredientes que fazem esse tipo de filme alcançar bons resultados junto aos fãs. Por isso, se você não viu esse sucesso da Netflix, aproveite o fim de semana e comprove se todo o alarde em torno dele é justificável, ou se os críticos estavam certos e esse é apenas mais um caso de filme mediano que por algum motivo oculto caiu nas graças do público. Boa sessão! 

 

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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