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Sétima Arte - Pokémon: Detetive Pikachu


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 10/05/2019
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Pokémon não é uma novidade no mundo do entretenimento, mas o filme que estreou ontem com certeza é algo completamente impactante para os fãs do mundo todo. Com uma história inédita e praticamente impensável a partir de tudo o que já foi produzido até hoje sobre os pequenos monstros nipônicos, Pokémon: Detetive Pikachu chega com a promessa de ser um grande sucesso. Por isso, a Coluna Sétima Arte dessa semana se dedica a comentar as curiosidades sobre esse filme.

Dificilmente um jogo alcançará tanta visibilidade e atrairá uma multidão tão grande de fãs quanto Pokémon. Sem dúvida o final dos anos 1990 foi seu período áureo, pois com a adaptação do jogo para o anime clássico o mundo conheceu e se apaixonou pelos monstros de bolso. Você que talvez não seja muito ligado em cultura pop japonesa, jogos de computador e coisas afins deve estar pensando que eu errei a data e que isso aconteceu com a chegada de Pokémon Go em 2016, mas na verdade, Pokémon Go foi apenas mais um investimento de sucesso dessa franquia que já está consolidada há mais de 20 anos.

No Brasil, Pokémon virou febre após ser veiculado na TV e conquistar uma geração inteira que cresceu sonhando em capturar os pequenos monstros. Após isso e para além do jogo original, foram mais de mil episódios de anime, vinte e dois filmes para o cinema (animações) e quase vinte versões de jogos, incluindo o famoso Pokémon Go, que virou febre mundial e passou tão rápido quanto surgiu, mas que inovou por meio da tecnologia de realidade aumentada.

Agora, após toda essa trajetória chegou ao cinema o primeiro live-action (esse é o termo utilizado para definir os trabalhos que são realizados por atores reais, geralmente inspirados em originais concebidos por animações), o que é um verdadeiro desafio, pois dificilmente a adaptação de um jogo para as telas do cinema deu certo. Esse tipo de filme sempre fica aquém do esperado e desagrada uma multidão de fãs, mas a criatividade utilizada pela direção, produção e roteiristas em Pokémon: Detetive Pikachu tirou isso de letra e fez, sem dúvida alguma, a melhor adaptação possível desse universo ao cinema.

Como conseguiram isso? Simples, ao adaptar, eles ignoraram a busca por fazer uma adaptação fiel ao jogo, construindo um história que vai para além da premissa original, até mesmo, negando a mesma. Além disso, o diretor teve o cuidado de inserir o maior número de referências possíveis, indo desde a aparição de uma grande quantidade de monstros – é claro que você não vai ver os 809 pokémons oficiais na tela, mas sim uma representação de todas as gerações de monstros que vai acessar diretamente a sua memória afetiva – até os acordes da música de fundo, que lembra muito a melodia do jogo.

Boa parte da qualidade do filme se deve principalmente a seu elenco, que pode ser resumido à dupla principal, Tim Goodman e Pikachu. O primeiro interpretado por Justice Smith e o segundo por ninguém menos do que o Deadpool Ryan Reynolds. Eles tem a química perfeita em cena e Ryan Reynolds não concede ao pequeno monstro apenas sua voz, mas também seu deboche, seus trejeitos e sua irreverência. Não menosprezando o talento de Reynolds, mas eu particularmente gosto muito mais da versão dublada (e olha que sou fã de filmes legendados), porque ainda acredito que a voz do Pikachu na versão brasileira encaixou fantasticamente bem com pequeno rato amarelo, algo que é difícil de acontecer. Por isso, fica a dica, leve as crianças e veja a versão dublada. Vamos à trama!

O desaparecimento do detetive Harry Goodman faz com que seu filho Tim parta à sua procura. Ao seu lado ele conta com Pikachu, o antigo parceiro Pokémon de seu pai, que perdeu a memória recentemente. Juntos, eles percorrem as ruas da metrópole de Ryme City, onde humanos e Pokémon vivem em harmonia... por enquanto.

Por que ver esse filme? Primeiro, porque é um filme feito para os fãs de todas as idades. É claro que qualquer pessoa pode assistir, mas são os fãs que já possuem uma história com a premissa dos monstros coloridos é quem vai se identificar mais. Segundo porque o filme é um excelente exemplo de CG bem construído, os monstros são incrivelmente reais, mesmo mantendo suas características tão comuns de animes. É uma boa diversão e uma ótima opção para quem quer fugir um pouco do blockbuster que tem dominado os cinemas nas últimas semanas. Boa sessão!

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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