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Você sabia? Alumínio e outros metais pesados afetam metabolismo ósseo


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 20/07/2021
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Médico endocrinologista Guilherme Renke explica de que forma a exposição a essas substância pode ter impacto na saúde das pessoas e no desempenho físico de atletas

Devemos nos preocupar com a exposição a metais pesados, como o alumínio? Segundo a comunidade científica, infelizmente sim. De acordo com o endocrinologista Guilherme Renke (@endocrinorenke), em sua coluna semanal do Eu Atleta, como o alumínio e outros metais pesados permeiam nosso meio ambiente, a comunidade científica há muitos anos tem se preocupado com sua segurança em humanos. "A contaminação com metais é um problema sério em todo o mundo devido à sua toxicidade e não biodegradabilidade e à sua capacidade de se acumular no meio ambiente e em organismos vivos", ressalta o médico.

Um metal pesado é um metal denso que, geralmente, é tóxico em baixas concentrações. Embora a expressão "metal pesado" seja comum, não existe uma definição padrão que designe metais como pesados. Os mais frequentemente detectados no meio ambiente são cádmio, zinco, cobre, arsênio, níquel, mercúrio, cromo, chumbo e alumínio.

"O alumínio é um metal pesado amplamente utilizado na fabricação de latas de bebidas, antiácidos, tintas, cosméticos e assim por diante. Sabe-se que o alumínio afeta os sistemas hematopoiético (responsável pela formação de células sanguíneas), nervoso e o ósseo, podendo causar anemia, aluminose (contaminação de alumínio nos pulmões), osteoporose, entre outros efeitos adversos à saúde", diz o profissional.

Estamos em contato diariamente com o alumínio, por exemplo, através de embalagens e recipientes (latas de bebidas e alimentos), cafeteiras, cápsulas de café, papel alumínio doméstico, antiácidos, cosméticos (desodorantes antitranspirantes, protetores solares, pasta de dente), aditivos alimentares, entre outros. Mas apenas cerca de 0,1% do alumínio ingerido por via oral é absorvido pelo trato gastrointestinal e torna-se biodisponível.

Apesar de a principal fonte de alumínio no corpo humano serem os alimentos, a absorção dérmica (através da pele) desempenha um papel secundário, mas desodorantes contendo alumínio têm sido repetidamente sugeridos como relacionados a um aumento no risco de câncer de mama pela exposição crônica ao metal.

A preocupação mais comum sobre o alumínio em antitranspirantes e outros produtos para a pele é que ele pode estar relacionado ao câncer de mama. Observações experimentais indicam que a aplicação a longo prazo de antitranspirantes com alumínio pode se correlacionar com o desenvolvimento e progressão do câncer de mama. "Propõe-se que essa ação seja atribuída, entre outras, às possíveis atividades semelhantes ao estrogênio do alumínio. Mas não há evidências científicas que mostrem e comprovem que o alumínio dos desodorantes cause a doença e mais pesquisas são necessárias" explica Dr. Guilherme.

No entanto, na medicina preventiva, podemos optar por diminuir as exposições aos metais pesados, incluindo algumas fontes de alumínio, como o desodorante.

Uma exposição maior e prolongada ao alumínio e outros metais pesados, como exposição ocupacional em ambientes de trabalho, pode levar a diversas consequências no organismo, comprometendo, por exemplo, a saúde óssea e cerebral.

A absorção dérmica através de antitranspirantes também não deve ser esquecida, pois pesquisas médicas mostram que o alumínio dos desodorantes pode se acumular em seu corpo. No entanto, não há evidências científicas que liguem diretamente o alumínio a cânceres e outras condições de saúde através de uma exposição relativamente pequena.

"O que temos hoje na ciência são possibilidades, as quais levam alguns especialistas a aconselharem que o uso de antitranspirantes não é uma boa ideia para todos, especialmente para aqueles com doença renal crônica grave. Se pudermos fazer pequenas mudanças para diminuir a exposição, como diminuir o uso de cosméticos com alumínio, pode ser uma forma preventiva das condições maléficas ocasionadas por metais pesados no organismo. Lembrando que hoje não temos evidências suficientes para comprovar essa possível prevenção. Tenha sempre uma orientação profissional adequada para analisar individualmente suas necessidades e escolhas", completa o endocrinologista.


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