Metade das mulheres de 50 a 69 anos não fizeram mamografia na pandemia
Estimam-se 4 mil casos de câncer de mama sem diagnóstico no Brasil
Chegou a 49,5% a porcentagem de mulheres de 50 a 69 anos de idade que não realizaram a mamografia nos últimos dois anos no Brasil, período de pandemia do Coronavírus. O exame é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Os dados foram divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, após a Pesquisa Nacional de Saúde. O levantamento também sinaliza que 40% das mulheres de 40 a 49 anos nunca fizeram o exame de mamografia.
Um estudo divulgado na Revista Saúde Pública aponta que os cerca de 800 mil exames que não foram realizados nesses dois anos representam aproximadamente de 4 mil casos de câncer de mama sem diagnóstico.
A médica radiologista da Clínica Imax, Cristiane Spadoni, afirma que o diagnóstico precoce é importante para o tratamento do câncer de mama. "Realizar a mamografia periodicamente conforme a indicação do seu médico é essencial para que os tumores sejam identificados e diagnosticados ainda no início, o que aumenta as chances de cura e torna o tratamento menos agressivo", explica.
Um estudo do The British Medical Journal (2020) aponta que o risco de morte aumenta 13% a cada semana de atraso do início do tratamento. Andrea Cianfarano, radiologista da clínica, ressalta que sem o diagnóstico é impossível realizar qualquer medida terapêutica.
"Os exames de rastreio são indispensáveis e, na Imax, contamos com equipamento de última geração que garante mais conforto para a paciente, além de ter alta precisão nos resultados. Trabalhamos com respeito e carinho a todas as pacientes que procuram nossa clínica".
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco.
CAMPANHA CORAGEM
A Clínica Imax realiza todos os anos a Campanha Coragem com o objetivo de incentivar as mulheres a fazerem seus exames de mama. Segundo a Dra. Cristiane, muitas deixam de fazê-lo por medo do diagnóstico. "Não precisamos ter medo do diagnóstico, mas sim de ter um câncer não identificado e ficar sem o tratamento adequado", afirma.